A partir de 1 de agosto, os recibos em papel deixaram de ser emitidos automaticamente em França, uma medida implementada com o objetivo de poupar papel, árvores e água, informou o Governo.
Esta iniciativa, que decorre da legislação anti-desperdício e de economia circular aprovada em 2020, aplica-se a recibos oferecidos em lojas e estabelecimentos, recibos emitidos por máquinas, recibos de cartões bancários, recibos promocionais e recibos de desconto, reporta a ESM.
No entanto, os clientes continuam a ter a opção de pedir os recibos em papel. Em formato digital, podem receber os recibos por SMS, correio eletrónico e através de aplicações de fidelização de clientes.
Vão existir algumas exceções, como a compra dos chamados produtos duradouros com um período de conformidade legal, em que será fornecido um recibo.
Vários grandes retalhistas, como o Carrefour ou a Système U, já implementaram a medida, tendo deixado de imprimir recibos em algumas das suas lojas, desde abril de 2021.
Críticas das associações de consumidores
No entanto, a medida foi alvo de críticas por parte de várias associações de consumidores, entre as quais a UFC-Que Choisir e a Families Rurales, que salientaram que o recibo é um instrumento de gestão do orçamento familiar de muitos agregados familiares, ao verificar a exatidão das transações.
O Governo francês reagiu a estas críticas, sublinhando que “não se trata de uma abolição do recibo nem da proibição da sua emissão” que entrou em vigor com esta nova legislação. O Executivo calcula que, em França, são impressos anualmente 30 mil milhões de recibos em papel.