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Após três décadas a integrar uma das mais relevantes histórias vitivinícolas do Douro, a Quinta dos Muros inaugura um novo capítulo com o lançamento dos seus primeiros vinhos de autor, assinados pelo enólogo Jorge Alves, e a estreia de um azeite virgem extra com chancela própria.
Esta nova fase marca o arranque de um “reposicionamento estratégico e sustentável”, assente na “valorização do território, na expansão da produção e na projeção internacional” da marca, adianta o proprietário Pedro Mansilha Branco. Com uma presença já consolidada em mercados como Suíça, Luxemburgo e Brasil, a Quinta dos Muros prepara-se agora para reforçar a sua atuação em destinos estratégicos como os Estados Unidos da América, Canadá, Dinamarca, Suécia, Inglaterra e Hong-Kong. Paralelamente, a requalificação da adega e das salas de prova permitirá abrir portas a novos públicos, com uma aposta clara numa experiência de enoturismo diferenciadora e personalizada.
Quatro novos produtos
As primeiras colheitas desta nova etapa resultaram em quatro produtos – o Quinta dos Muros Rosé, o Quinta dos Muros Tinto, o emblemático Quinta dos Muros M7 (que chega ao mercado apenas em 2026) e a estreia do azeite virgem extra. “Todas estas referências revelam a nossa identidade, marcada pelo respeito pela origem e pelo terroir que nos inspira”, afirma o enólogo Jorge Alves, que regressa ao trabalho com a família Mansilha quase trinta anos depois.
As quantidades são ainda limitadas, 14 mil garrafas no total, sublinhando o “carácter exclusivo” da produção. Os preços variam entre os 15 e os 130 euros. Para o próximo ano, fruto da vindima de 2025, está já previsto o lançamento de um Blanc de Noirs, dando continuidade à aposta da Quinta dos Muros em “vinhos autênticos, de origem e com assinatura própria”, completa Pedro Mansilha Branco.
Propriedade
Localizada na encosta nascente do vale do rio Pinhão, a propriedade é composta por 21 parcelas de vinha entre os 230 e os 550 metros de altitude, dispostas em socalcos e patamares com diferentes exposições solares. A maioria das vinhas é de castas tintas, com destaque para a parcela M7, que reúne 29 castas distintas.