Quantos mais produtos inovadores são lançados, mais cresce o mercado e as marcas que não inovam mais do que a concorrência perdem “market share”.
Esta foi uma das conclusões do evento “Radar da Inovação 2017”, sessão promovida, no passado dia 11 de julho, pela consultora de estratégia Loop Unique Companies, para a qual convidou altos executivos das principais empresas portuguesas e César Valencoso, diretor de Consumer Insights da Kantar Worldpanel.
A sessão, que contou também com a visão de António Flores, CEO da Loop Unique Companies, e apresentação de Marta Vallbé, respetiva diretora de FMCG, teve como objetivo a exposição do primeiro “tracking” contínuo da inovação no sector do grande consumo, resultado da análise a mais de 1.000 referências lançadas ao mercado cada ano, bem como a análise do panorama atual da inovação no sector, o papel da distribuição nos lançamentos de novos produtos, assim como os fatores que influem no êxito ou no fracasso da inovação que, apesar de ter demonstrado resultados positivos face a anos anteriores, continua a ter uma das taxas mais baixas da Europa.
Ao longo do evento confrontou-se também a relevância do investimento em recursos para aumentar a penetração (novos clientes) versus a fidelidade (clientes base) no que ao crescimento das marcas diz respeito. Quando todas as teorias se centram na fidelidade, os números recolhidos num estudo realizado com milhares de marcas analisadas em quase 80 categorias e 16 países por todo o mundo demonstram que existe uma taxa diminuta de consumidores fiéis. Em média, apenas 6% dos compradores de uma marca são exclusivos.
Paralelamente, António Flores defendeu que “apenas as categorias que aportam valor diferencial sobrevivem, pois uma estratégia unificadora anula as vantagens competitivas das marcas”.
