KPMG riscos geopolíticos
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Pressão demográfica e ameaças às cadeias de abastecimento entre os principais riscos geopolíticos

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As empresas têm vindo a ser desafiadas por vários riscos geopolíticos, que podem ter um impacto profundo nas suas operações e no seu crescimento. No estudo “Top Geopolitical Risks 2025”, a KPMG faz uma análise dos cinco principais desafios geopolíticos a que as organizações estão sujeitas, num curto prazo, e revela como estas poderão transformá-los em oportunidades.

Durante vários anos, as incertezas geopolíticas estiveram no topo da lista de preocupações dos líderes das organizações, como comprova o estudo anual KPMG CEO Outlook 2024. Recentes inquéritos a líderes empresariais revelam-nos que estes riscos já não são teóricos e têm efeitos reais e tangíveis nas decisões estratégicas e operacionais.

Segundo Vitor Ribeirinho, Senior Partner e CEO da KPMG em Portugal: “mais do que nunca é importante que as empresas possam estar a par das principais tendências geopolíticas e compreender as suas implicações de forma a poderem abordar proativamente cada desafio. Neste estudo apresentamos os principais riscos, mas, em simultâneo, as oportunidades por eles geradas, com o objetivo não só de mitigar os possíveis impactos negativos, mas também de aproveitar as vantagens competitivas. Agilidade, resiliência e capacidade de adaptação são características fundamentais para as organizações prosperarem neste contexto global de incerteza”.

Os cinco principais desafios geopolíticos:

  • Mudanças relevantes no poder, nos centros económicos e no comércio
    • As novas taxas comerciais impostas pelos EUA, seguida das respostas de retaliação de vários países estão a criar alianças comerciais e centros de investimento, redefinindo a dinâmica do poder global.
  • Um ambiente regulamentar e fiscal complexo e fragmentado
    • A regulamentação e a fiscalidade estão a evoluir a ritmos distintos, em diferentes geografias. Um dos exemplos mais claros é a tributação mínima global, que está a ser adotada apenas por alguns países, gerando divergências em relação à política fiscal internacional.
  • Um panorama tecnológico politizado e em rápida evolução
    • O surgimento de novos atores de IA generativa (Gen AI) desafia o domínio dos EUA. As entidades reguladoras têm dificuldade em acompanhar o ritmo das novas soluções de IA generativa, e um retrocesso na regulamentação pode vir a deixar os modelos de IA fora de controlo. A concorrência geopolítica no domínio da IA e de outras tecnologias (por exemplo, a computação quântica) está a criar blocos tecnológicos em torno dos EUA e da China, pondo assim em risco a cooperação e o acesso internacional.
  • Múltiplas ameaças às cadeias de abastecimento, aos ativos e às infraestruturas
    • As rivalidades geopolíticas, o protecionismo comercial, os conflitos, a competição pelos recursos, os ciberataques e os fenómenos climáticos colocam grandes tensões nas empresas com negócios globais. As guerras e as tensões representam ameaças crescentes para os principais pontos de estrangulamento do transporte marítimo. Os países estão a adotar medidas protecionistas para salvaguardar e diversificar as suas cadeias de abastecimento, incluindo energia, alimentos e minerais essenciais.
  • Pressões tecnológicas, culturais e demográficas
    • O envelhecimento da população, as reformas em massa, a diminuição das taxas de natalidade (nos países desenvolvidos), a alteração das preferências dos colaboradores, as guerras culturais, a integração da IA e a requalificação profissional colocam grandes desafios à mão de obra.

 

Quais são as oportunidades para os líderes empresariais?

Os líderes empresariais devem concentrar-se na criação de estratégias que levem a sua resposta geopolítica de reativa a proativa, incluindo o desenvolvimento de abordagens holísticas de antecipação e de gestão do risco geopolítico.

Este estudo global da KPMG propõe cinco passos fundamentais para ajudar a capitalizar as oportunidades e a reduzir os riscos para as empresas:

  • Alargar as fontes de investimento, com destaque para o aumento do capital privado;
  • Desenvolver competências de compliance mais fortes para monitorizar e responder à evolução da regulamentação;
  • Melhorar a resiliência e a reputação através da cibersegurança e do governo dos dados;
  • Construir cadeias de abastecimento geograficamente mais curtas e mais simples, bem como considerar a possibilidade de friend-shoring;
  • Concentrar-se e investir na cultura empresarial para ajudar a garantir o alinhamento com a evolução dos valores e das suas equipas.

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Por Bárbara Sousa

I am a journalist and news editor with eight years of experience in
interviewing, researching, writing articles and PR editing/publishing.

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