Segundo o relatório “Growth Reporter”, referente ao terceiro trimestre, desenvolvido pela Nielsen, a Europa apresentou, nos bens de grande consumo, uma evolução de preços de 2,5% e um aumento de volumes de 0,3%.
No total, assistiu-se a um aumento de vendas em valor de 2,8%, mais 1,7 pontos percentuais em relação ao período homólogo.
Portugal está entre os 10 países que mais cresceram na Europa. O consumo nacional registou, no terceiro trimestre, um crescimento de 0,2% em volume e um efeito-preço de 2,8%, totalizando um aumento em valor de 3%.
O crescimento registado por Portugal mantém-se acima da média europeia no que se refere à evolução de preços e ao crescimento em valor. “Apesar do crescimento dos volumes ser muito inferior ao período homólogo, que crescia 2,7%, há uma compensação via aumento de preço, que acaba por dar um valor total equivalente ao do período homólogo”, refere Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director da Nielsen.
Até ao final do terceiro trimestre, os bens de grande consumo cresceram 3,5%. Os resultados positivos devem-se ao crescimento de categorias como as bebidas (9% as não alcoólicas e 6% as alcoólicas), os congelados (3%), a higiene do lar (3%) e a mercearia (3%). A higiene pessoal (2%) e os laticínios (1%) também apresentaram crescimento.
No acumulado até ao terceiro trimestre, confirma-se a inversão de tendências no que diz respeito às marcas. “As marcas da distribuição cresceram 3,9%, nomeadamente nas categorias de bebidas e higiene pessoal, ultrapassando as marcas de fabricante que decresceram para os 3,3%”, acrescenta Ana Paula Barbosa.
O aumento de confiança por parte dos consumidores portugueses está a levar ao consumo de produtos mais premium. “O consumidor procura produtos de qualidade e fundamentalmente uma experiência associada ao consumo, estando assim disponível para pagar preços mais elevados. No próximo trimestre, esta pode ser uma oportunidade para aumentar as vendas em valor, uma vez que será desafiante crescer ainda mais em volume sobre um período homólogo que já crescia 3,4%”, explica Ana Paula Barbosa.
