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O preço do cabaz de 63 produtos alimentares essenciais, monitorizado semanalmente pela DECO PROteste desde fevereiro de 2022, registou uma nova descida, pela terceira semana consecutiva. Esta semana, o valor total do cabaz fixou-se nos 240,56 euros, o que representa uma redução de 3,74 euros face a três semanas atrás.
Quando comparado o mesmo cabaz nos dois dias, a ligeira descida de 0,61 euros entre os dias 27 de agosto e 3 de setembro (equivalente a -0,25%) reforça uma tendência recente de alívio nos preços.
No entanto, esta oscilação não apaga o impacto acumulado da inflação sobre os bens alimentares. Comparando os preços registados a 5 de janeiro de 2022 e 3 de setembro de 2025, o aumento global é de 52,86 euros, ou seja, mais 28,16% em pouco mais de três anos.
Mesmo no espaço de um ano, comparando 4 de setembro de 2024 e 3 de setembro de 2025, o cabaz sofreu um aumento de 15,45 euros, correspondente a uma variação de 6,86%. Já desde o início de 2025, os preços também registam uma subida acumulada de 1,86%, o equivalente a 4,39 euros.
Apesar da recente descida, alguns produtos continuam a registar variações significativas. Os preços do iogurte líquido, da batata vermelha e do grão cozido aumentaram cerca de 10% apenas na última semana. Além disso, 15 dos produtos que compõem o cabaz já registaram subidas superiores a 50% desde o início da monitorização, o que demonstra que os efeitos da inflação sobre os bens alimentares essenciais continuam a ser sentidos de forma desigual.
Análise semanal
O cabaz da DECO PROteste inclui categorias como carne, peixe, congelados, frutas, legumes, laticínios e mercearia. Entre os produtos analisados encontram-se alimentos de consumo diário como frango, peru, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, leite, manteiga, queijo e fiambre, refletindo o impacto direto da inflação no orçamento das famílias portuguesas.