Nos primeiros seis meses do ano, os portugueses encaminharam para reciclagem um total de 220.041 toneladas de embalagens, o que significa um aumento de 2,6% em comparação com igual período de 2022. Dos vidrões distribuídos pelo país, foram recolhidas 100.879 toneladas de embalagens de vidro (+1%). Esta tendência é agora positiva, mas insuficiente. É preciso acelerar, para que o país consiga cumprir a meta de reciclagem neste material, que é muito exigente.
Os dados do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagem (SIGRE) mostram que o país continua a cumprir, na globalidade, as metas estabelecidas para a reciclagem destes resíduos urbanos. Contudo, nas embalagens de vidro é preciso mais separação por parte dos cidadãos e um maior nível de serviço por parte dos operadores municipais na sua recolha. Em termos de desempenho de reciclagem, para além do vidro, também o alumínio carece de um aumento de desempenho.
É de recordar que a taxa de reciclagem nacional para o vidro é de 75%, até 2025, e o país só a cumprirá, ou mesmo superará, se cada português depositar seletivamente, pelo menos, mais duas garrafas por mês no ecoponto. “Os portugueses estão a separar mais e estes resultados são determinados por uma atuação conjunta e cada vez mais colaborativa. As iniciativas lideradas pela Sociedade Ponto Verde junto dos parceiros municipais, cujo nível de serviço é crítico para o sucesso da recolha seletiva, mas também no canal Horeca, onde é preciso mais reciclagem, nomeadamente de vidro, têm contribuído para uma consistente boa performance da reciclagem das embalagens”, refere a CEO da Sociedade Ponto Verde. “Globalmente, há ainda muito caminho a fazer em matéria de reciclagem em Portugal, mas verificamos que os portugueses estão a separar mais e melhor as suas embalagens. Ainda assim, embora este seja o único fluxo a cumprir as metas, com exceção do vidro, faz parte da nossa missão continuarmos a motivar os cidadãos para que se mantenham comprometidos com esta causa e a trabalhar com os nossos parceiros para melhorar o nível de serviço. As novas metas são muito exigentes”, conclui Ana Trigo Morais.
No primeiro semestre de 2023 (dados do SIGRE), foram encaminhadas para reciclagem 71.554 toneladas de papel/cartão (+6%), 4.147 toneladas de embalagens de cartão para alimentos líquidos (4%) e 39.228 toneladas de plástico (+1%), com destaque para o plástico PET que é muito usado em garrafas de água e refrigerantes.