Pescado português aumenta exportações em 15% para 1.250 milhões, em 2023

Associação da Indústria Alimentar pelo Frio

As empresas de peixe português marcaram presença na Seafood Expo Global com uma mensagem muito clara para o mercado internacional: conseguem produzir todas as encomendas, por mais específicas que sejam. “Apresentamos bom produto, cumprimos prazos e somos mais flexíveis a ajustar os artigos do que a concorrência estrangeira”, afirma Manuel Tarré, presidente da presidente da Associação da Indústria Alimentar pelo Frio – ALIF, em representação da Gelpeixe.

As exportações de pescado português para Itália, Alemanha e França estão a subir: em 2023, vão aumentar 15%, para 1.250 milhões.

O aumento de encomendas que a indústria alimentar portuguesa está a registar é, segundo a ALIF, sustentado pela disponibilidade que as empresas nacionais manifestam aos clientes estrangeiros para adaptarem os produtos finais, assim como às exigências de cada pedido de fornecimento.

“A flexibilidade da indústria portuguesa do mar está a ser hoje o grande trunfo comercial nesta feira”, afirma Manuel Tarré, presidente da ALIF. “Para além da qualidade do peixe português estar ao nível do melhor que se produz em qualquer parte do mundo, as nossas empresas estiveram em Barcelona a dizer aos grandes compradores internacionais que podem fazer os cortes exatamente como cada um deseja, que cada cliente pode escolher o tipo de embalagens, a gramagem das caixas ou as características do rótulo”.

 

Maior representação portuguesa na Seafood Expo Global

Os empresários portugueses presentes na Seafood Expo Global, que se realiza pelo segundo ano consecutivo em Barcelona, são unânimes em afirmar que os grandes grupos internacionais não têm a mesma flexibilidade que a indústria portuguesa apresenta para adaptar, com precisão, a sua produção às especificações do cliente. “Este é o nosso grande trunfo”, reforça Manuel Tarré. “Apresentamos bom produto, ajustamos os artigos, cumprimos prazos: é por isso que estamos com crescimentos tão fortes das exportações para a Itália, para a Alemanha e para a França”.

Entre 25 e 27 de abril, a indústria do mar portuguesa apresentou a sua maior representação de sempre numa Seafood Expo Global. Foram 18 os grupos empresariais em Barcelona, no maior espaço expositivo alguma vez organizado pela ALIF: 464 metros quadrados no Hall 4, bem no centro do certame.

 

Sucesso do peixe português no mercado internacional

O sector do pescado português tem todos os anos aumentado o seu peso económico no país e, sobretudo, as suas exportações: exportou mais de 1.100 milhões de euros em 2022 e, para 2023, prevê um aumento que pode ir até aos 15%, ultrapassando os 1.250 milhões de euros.

Segundo a ALIF, a principal razão deste bom desempenho são os investimentos feitos pela indústria, nos últimos anos, para qualificar os seus processos, que se tornaram “ambientalmente sustentáveis, uma dinâmica na qual os apoios nacionais e europeus às PME desempenharam um papel muito importante”. Dessa qualificação resultou o aumento de qualidade nutritiva e gastronómica dos peixes utilizados. “O peixe que as empresas portuguesas apresentam ao mercado internacional é cada vez melhor”, valida Manuel Tarré. “Os mercados e os consumidores estrangeiros percebem isso, reconhecem-no e correspondem comprando e consumindo cada vez mais peixe português”.

Para o presidente da ALIF, a segunda razão que explica o sucesso internacional do peixe português tem sido a aposta das empresas do sector na sua internacionalização. A sua presença mais qualificada em feiras internacionais, como a Seafood Expo Global, é um exemplo disso mesmo.

A terceira razão para o aumento sustentado da procura do peixe português pelo mercado internacional são os turistas que visitam Portugal. “Depois de visitarem Portugal e de terem contacto direto com a qualidade do peixe no nosso país, os estrangeiros passam a encarar o produto português com outros olhos e a procurá-lo nos sítios onde vivem”, acrescenta Manuel Tarré.

 

Representatividade nas exportações

O pescado português é, atualmente, o segundo produto agroalimentar com mais peso nas exportações do país, à frente do vinho e do azeite e apenas atrás das exportações agregadas de frutas, legumes e flores.

A fileira – que inclui a pesca, a aquacultura e a transformação do pescado – emprega 60 mil pessoas, tem gerado anualmente um volume de exportações superior a 1.100 milhões de euros e representa, segundo a ALIF, um valor acrescentado bruto (VAB) de 1,7 mil milhões de euros.

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