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O valor global das transações de pagamentos entre empresas (B2B) deverá ultrapassar os 224 biliões de dólares em 2030, um crescimento de 20% face aos 186 biliões previstos para 2025, segundo um novo estudo da consultora internacional Juniper Research. O crescimento será alimentado sobretudo pela expansão económica nos mercados emergentes, onde a atividade empresarial e o comércio estão a diversificar-se de forma acelerada.
Cartões virtuais lideram crescimento
O relatório identifica os cartões virtuais como o canal de pagamentos B2B com maior potencial de crescimento nos próximos cinco anos, com uma previsão de aumento de 370% no valor transacionado. A chave para este desempenho está na sua configuração flexível e na integração nos processos de procurement, que os torna particularmente adequados para empresas que procuram soluções digitais mais seguras e eficientes.
“Desbloquear a aceitação de cartões em mercados emergentes será o elemento central para a próxima vaga de crescimento nas transações B2B com cartões”, explicou Michael Greenwood, analista sénior da Juniper Research. “A aceitação por parte dos fornecedores continua a ser um obstáculo relevante, mas a implementação de soluções de aceitação de baixo custo nas principais redes de fornecimento poderá acelerar a adoção. Esta estratégia posiciona os cartões virtuais para aproveitar a forte trajetória de crescimento dos mercados emergentes”.
Quem lidera em 2025
A Juniper Research avaliou 19 players globais de pagamentos B2B no seu Competitor Leaderboard, cruzando critérios como dimensão das operações, proposta comercial e abrangência das soluções. Os cinco líderes identificados para 2025 são:
- Visa
- American Express
- Mastercard
- Discover
- FIS
De acordo com o estudo, estes operadores estão a apostar fortemente na expansão das capacidades dos cartões virtuais, ampliando os seus portefólios com novos casos de uso e maior controlo sobre os fluxos de pagamento.
Eficiência como fator crítico
Apesar do crescimento, os desafios continuam a marcar o sector. Greenwood alerta que, para se diferenciarem, os especialistas terão de disponibilizar ferramentas que combatam as ineficiências ainda existentes nos sistemas de pagamentos B2B. “As soluções devem reduzir a complexidade, não aumentá-la — caso contrário, os fornecedores perderão terreno para rivais mais ágeis”, concluiu Michael Greenwood.
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