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No âmbito do Dia Mundial da Alimentação, que se celebra a 16 de outubro, a Fixando revela que os portugueses continuam atentos à sua saúde e bem-estar, mas divididos entre soluções rápidas e abordagens sustentáveis.
De acordo com dados da plataforma, 52% dos utilizadores afirmam estar recetivos ao uso de medicamentos para emagrecer, enquanto 48% preferem métodos naturais e acompanhamento nutricional tradicional.
Apesar da crescente atenção à alimentação e ao impacto no bem-estar físico e emocional, a procura por nutricionistas manteve-se estável em 2025. No entanto, a oferta aumentou 29%, com 81% dos profissionais a realizarem consultas online — sinal da consolidação do modelo digital na área da saúde e bem-estar.
Atualmente, o preço médio de uma consulta de nutrição situa-se nos 37,50 euros, cerca de 10 euros mais caro do que no ano anterior, acompanhando o aumento do custo de vida e da especialização dos profissionais.
Os principais motivos que levam os portugueses a procurar um nutricionista mantêm-se consistentes:
- Perder peso (76%)
- Reeducação alimentar (38%)
- Ganho muscular (25%)
“Há uma clara mudança positiva nas preocupações alimentares dos portugueses. As pessoas estão mais conscientes do impacto da alimentação não só na estética, mas também na energia, humor e desempenho físico“, afirma Joana Carvalho, Reception Manager do GLUTE PROJECT | Private Fitness Studio e especialista Fixando.
“Ainda assim, continua a faltar coerência entre o que se sabe e o que se faz. É essencial reforçar a educação alimentar nas famílias e nas escolas, para criar hábitos duradouros e saudáveis“, acrescenta.
A especialista destaca ainda que as consultas online democratizaram o acesso à nutrição, permitindo acompanhamento à distância e maior flexibilidade. “O contacto presencial é insubstituível, mas o digital tornou o acompanhamento mais acessível e contínuo — o ideal é encontrar o equilíbrio entre ambos”.
No que respeita ao Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável, Joana Carvalho reconhece o mérito da iniciativa, mas defende uma comunicação mais prática e inclusiva. “É um programa com impacto, mas é preciso traduzir a ciência em comportamentos reais. A linguagem técnica afasta muitas pessoas. Temos de simplificar e capacitar“.