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Mercado global de vestuário em segunda mão dispara 17,6% para 204,7 mil milhões de dólares em 2024

O quarto ano consecutivo de crescimento a dois dígitos, revela a GlobalData

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O mercado global de vestuário em segunda mão registou o quarto ano consecutivo de crescimento a dois dígitos em 2024, impulsionado pelo contínuo apetite por moda “preloved”. O mercado cresceu 17,6% no ano passado, atingindo 204,7 mil milhões de dólares, superando o mercado tradicional de vestuário, que registou um crescimento de apenas 0,1%, segundo a GlobalData.

De acordo com as previsões da GlobalData, o mercado de revenda de vestuário deverá continuar a crescer fortemente, com um aumento de 13,3% em 2025 e uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 11,4% esperada entre 2023 e 2028.

Alice Price, Apparel Analyst da GlobalData, comenta: “o mercado de revenda de vestuário tem beneficiado da procura dos consumidores por moda mais acessível, especialmente em regiões como a América do Norte e a Europa, onde os compradores enfrentam maior incerteza económica. Este fator alia-se à crescente consciencialização ambiental, à medida que os consumidores se tornam mais atentos à quantidade de vestuário que acaba em aterros, bem como aos investimentos contínuos de plataformas online como a Vinted, Depop e eBay para melhorar e expandir as suas propostas”.

 

Revenda de artigos de luxo

A Ásia-Pacífico e o Médio Oriente e África são as duas regiões que deverão registar o crescimento mais forte nos próximos anos, com CAGRs de 14,1% e 11,6%, respetivamente, entre 2023 e 2028, à medida que o estigma associado à compra de artigos em segunda mão diminui e a consciência sobre o impacto da moda no planeta aumenta. A revenda de artigos de luxo está particularmente em alta, com os consumidores destas regiões a demonstrarem um gosto especial por produtos de designer.

Entretanto, as Américas e a Europa deverão ter o crescimento mais fraco, uma vez que estas regiões já possuem mercados de revenda bem estabelecidos, e a penetração online mais baixa na América Latina e na Europa Oriental limita o desenvolvimento das plataformas.

Price conclui que “considerando todos estes mercados em conjunto, prevê-se que o calçado seja a categoria com o crescimento mais forte entre 2023 e 2028, com uma CAGR de 13,8%, aumentando a sua participação no mercado em 1,3 pontos percentuais (pp) para 13,2%. Isto deve-se à popularidade de ténis em segunda mão, especialmente edições limitadas e modelos raros, que podem valorizar ao longo do tempo“.

Os acessórios também deverão ver a sua quota de mercado subir ligeiramente, 0,1 pp para 9,9%, com uma CAGR prevista de 11,6%, à medida que itens de luxo em segunda mão, como malas, se tornam cada vez mais desejáveis para consumidores aspirantes excluídos do mercado tradicional de luxo. Embora o vestuário continue a representar a maioria das vendas de artigos de moda em segunda mão, prevê-se que registe a CAGR mais baixa no período em análise (11,0%). A sua participação no mercado deverá contrair 1,5 pp para 76,9%, à medida que outras categorias se consolidam”.

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Por Bárbara Sousa

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