A Lemos Figueiredo – Adega das Frutas de Alcobaça é uma empresa familiar dedicada à produção de bebidas artesanais utilizando as frutas da região. Depois da ginja e do vermute, a adega lança agora o Casanova, um dry gin que se distingue não só pelo uso da maçã de Alcobaça na destilação, como pelo cariz sustentável: utiliza fruta feia, não comercializável, e apresenta-se numa garrafa de vidro reciclado, com um rótulo de papel cotton, reciclável, biodegradável e livre de plástico.
“Sabemos que, hoje, não basta ter um bom produto, é importante ter um produto que marque pela diferença e que acompanhe as preocupações dos consumidores – e a sustentabilidade é uma delas. Estima-se que, na União Europeia, 50 milhões de toneladas de frutas e legumes vão para o lixo todos os anos e em Portugal, segundo o PERDA,um terço da fruta produzida também é desperdiçado. São números alarmantes e com grande impacto a nível ambiental e social. Com o Casanova, quisemos dar o nosso contributo para travar esses números, usando exclusivamente as maçãs habitualmente rejeitadas pelo consumidor por não serem bonitas. Mas fomos mais além, com uma garrafa reciclada e um rótulo também sustentável. Assim, a cada copo, o consumidor sabe que está a contribuir para um mundo melhor”, explica Mariana Figueiredo, master distiller e responsável de marketing da adega.
Casanova
O Casanova é o primeiro gin em garrafa de vidro reciclado, contribuindo igualmente para a diminuição da produção de dióxido de carbono nesse sector: por cada seis toneladas de vidro reciclado utilizado, a produção de CO2 é reduzida em uma tonelada.
A utilização de vidro 100% PCR (vidro reciclado pós-consumo) faz com que não existam duas garrafas iguais e essa imperfeição é aceite, tal como acontece com as maçãs Casa Nova utilizadas, que dão o nome ao produto. À fruta juntam-se 11 botânicos, com destaque para o cardamomo, que culminam num dry gin leve, fresco e perfumado.
Vermute e ginja
Também o Hernandez, vermute que segue a tradição do avô espanhol Salomão Hernandez, utiliza as maçãs feias da região, juntamente com uma seleção de outras 16 frutas, raízes e ervas, como a artemísia. Maturado em barril de carvalho anteriormente utilizado para licor de ginja, o vermute apresenta-se com aromas intensos, de notas herbais, balsâmicas e cítricas, com um toque aveludado.
Mas foi com a ginja que arrancou o projeto, que envolve o pai, Salomão Figueiredo, e os três filhos. “Comecei a fazer ginja caseira na nossa garagem e a dar a provar à família e amigos. O resultado agradou-nos e rapidamente percebemos que tinha potencial para ser mais do que uma brincadeira. Com o entusiasmo de todos, e apesar de nenhum estar ligado a esta área, começámos a reunir-nos cada vez mais na garagem e a fazer experiências. Hoje, temos uma adega com produtos dos quais muito nos orgulhamos, que refletem um pouco de cada um de nós, mas também a tradição, amor e união que fazem parte da nossa família”, conta o fundador, Salomão Figueiredo.
Depois de estagiar em barris de carvalho francês durante, pelo menos, dois anos, a Ginja Lemos Figueiredo apresenta um tom rubi e sabor frutado que já conquistou várias distinções internacionais e nacionais: em 2020, foi medalha de ouro no Monde Selection Bruxelles, medalha star no Internacional Taste Institute Brussels e prata na competição Spirits Selection. Ainda no ano passado, arrecadou prata e bronze nos IWSC Spirits Awards e, já este ano, foi galardoada com a medalha de ouro no 10.º Concurso Nacional de Licores Tradicionais Portugueses.
Na impossibilidade de marcar presença em eventos e bares, dada a pandemia, a estratégia da marca passa, para já, pelo digital, com foco na loja online, em www.lemosfigueiredo.pt. O lançamento do site é celebrado com preços especiais em todas as bebidas, portes grátis e oferta de sticks botânicos para aromatizar o gin.