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Inteligência artificial vai contribuir com 17,6 biliões de euros para a economia global

Segundo a IDC, a tecnologia vai impulsionar 3,5% do PIB, em 2030

ONSTRATEGY Inteligência Artificial
Foto Shutterstock

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A International Data Corporation (IDC) prevê que a despesa das empresas para adotar a inteligência artificial (IA), para utilizar esta tecnologia em operações comerciais existentes e desenvolver melhores produtos/serviços para clientes empresariais e consumidores, vai ter um impacto económico global acumulado de 17,6 biliões de euros e impulsionar 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global, em 2030.

As conclusões são do estudo “The Global Impact of Artificial Intelligence on the Economy and Jobs” (O impacto global da inteligência artificial na economia e no emprego).

Em 2030, cada novo euro gasto em soluções e serviços de IA relacionados com as empresas irá gerar 4,60 euros na economia global, em termos de efeitos indiretos e induzidos. Isto será determinado pelo aumento das despesas em soluções e serviços de IA, impulsionado pela adoção acelerada desta tecnologia, pelo estímulo económico entre os adotantes da IA, que veem benefícios em termos de aumento da produção e de novos fluxos de receitas, e ainda pelo impacto ao longo de toda a cadeia de abastecimento dos fornecedores de IA, aumentando, assim, as receitas essenciais para os fornecedores de soluções e serviços de IA”, refere Gabriel Coimbra, country manager da IDC Portugal.

Lapo Fioretti, analista de investigação sénior de Tecnologias Emergentes e Macroeconomia da IDC, explica que, “este ano, a IA entrou numa fase de desenvolvimento e implementação acelerados, definida por uma integração generalizada, o que levou a um aumento dos investimentos empresariais destinados a otimizar significativamente os custos operacionais e os prazos. Ao automatizar tarefas de rotina e desbloquear novas eficiências, a IA terá consequências económicas profundas, remodelando indústrias, criando mercados e alterando o cenário competitivo”.

 

Impacto no emprego

Consequentemente, a IA afetará o emprego em todas as regiões do mundo, com maior impacto em sectores como as operações dos contact centers, a contabilidade e a inspeção de máquinas. A ajudar a despoletar esta mudança estão os líderes empresariais que, quase unanimemente, com 98%, olham para a IA como uma prioridade para as suas organizações.

Sobre o futuro do trabalho, a maioria dos inquiridos espera que algumas funções (48%) ou a maior parte (15%) do seu trabalho sejam automatizados pela IA e outras tecnologias, nos próximos dois anos, enquanto apenas uma minoria (3%) dos trabalhadores espera que o seu trabalho seja totalmente automatizado pela IA.

 

Trabalhos resilientes

Embora algumas funções sejam afetadas negativamente pela proliferação da IA, a IDC acredita que vão surgir novos cargos, como os especialistas em ética da IA e engenheiros de prontidão da IA, como funções dedicadas nas organizações globais. A pesquisa indica ainda que uma “intensidade do toque humano”, combinada com o nível de “repetibilidade de tarefas” pelo qual cada trabalho é caracterizado, informará as organizações sobre as funções que estão sujeitas a uma substituição total de IA e automação, versus aquelas em que o papel da tecnologia será aumentar as capacidades humanas.

Como tal, as posições em que as capacidades sociais e emocionais humanas são críticas, como a enfermagem e as funções em que a tomada de decisão abrange a ética e a compreensão para além dos números, permanecerão robustas.

Compreensivelmente, estamos todos curiosos para saber se a IA irá substituir os nossos empregos”, afirma Rick Villars, vice-presidente do grupo de Investigação Mundial da IDC. “Com base nesta investigação, é evidente que devemos perguntar-nos como é que os nossos empregos podem ser facilitados e melhorados pela IA. A IA não substituirá o seu trabalho, mas sim alguém que saiba utilizar a IA melhor do que você‘”.

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Por Bárbara Sousa

I am a journalist and news editor with eight years of experience in
interviewing, researching, writing articles and PR editing/publishing.

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