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Inteligência artificial, robótica, computação quântica e sustentabilidade irão moldar a logística do futuro

A quinta edição do relatório do “Radar de Tendências Logísticas”, produzido pela DHL, revela as principais tendências que irão afetar a indústria logística nos próximos anos. “Como especialistas em logística, é importante para nós antecipar futuros desafios e visualizar antecipadamente possíveis soluções para melhor aconselhar os nossos clientes. As três megatendências predominantes que identificámos não são desconhecidas: novas tecnologias, crescimento exponencial do comércio eletrónico e sustentabilidade. Mas algumas áreas irão evoluir mais rapidamente do que outras, pelo que há necessidade de compreender as microtendências subjacentes e o seu impacto na logística. Além do impacto da Covid-19 no comércio global e em toda a força de trabalho”, explica Katja Busch, diretora comercial da DHL.

Aceleração dos processos de transformação

Com a indústria logística a resistir à atual pandemia global, os processos de transformação aceleraram-se. A Covid-19 impulsionou mudanças na recente inovação logística, automatização e digitalização mais rapidamente do que a própria indústria tem feito em anos.

Em contraste, muitas tendências inicialmente consideradas revolucionárias para a indústria logística, tais como veículos e drones autónomos, ainda não foram capazes de desdobrar todo o seu potencial disruptivo, principalmente devido a lacunas legislativas, inconvenientes técnicos e aceitação social ainda limitada.

Observa-se também que os mercados logísticos estão a consolidar-se em algumas plataformas líderes, bem como um movimento significativo do sector dos transportes para entrar no mercado online com as suas próprias propostas logísticas globais. Neste novo contexto, os profissionais de logística devem familiarizar-se com tecnologias altamente inovadoras, tais como computação em nuvem, robótica colaborativa, análise de grandes dados, inteligência artificial ou IoT, entre outras, e saber como geri-las e aplicá-las ao seu dia-a-dia empresarial.

 

Comércio eletrónico continua a impulsionar a agenda

O comércio eletrónico continua a crescer fortemente e, no entanto, representa apenas uma pequena parte do mercado retalhista global de consumo. Espera-se que o e-commerce empresa-a-empresa siga o mesmo caminho, tendo em consideração que o mercado B2B é três vezes maior do que o mercado de consumo.

A pandemia de Covid-19 serviu não só para acelerar o crescimento do comércio eletrónico, mas também a agenda de inovação da cadeia de abastecimento. As principais mudanças para a escala e adoção de novas tecnologias, tais como a automação física inteligente, ferramentas de visibilidade alimentadas por IoT ou as capacidades preditivas da inteligência artificial determinarão, em última análise, a capacidade de satisfazer a procura crescente dos clientes e de assegurar posições de liderança na indústria do futuro.

Outro ponto revelado pelo relatório é que, à medida que governos, cidades e fornecedores de soluções se comprometem cada vez mais a reduzir as emissões de CO2 e a geração de resíduos, a sustentabilidade tornou-se um imperativo para a indústria da logística. O sector colocou, assim, na vanguarda da agenda da cadeia de abastecimento a implementação de novas iniciativas e modelos para responder à procura crescente de soluções sustentáveis para reduzir os resíduos, tirar partido de novas técnicas de propulsão e otimizar as instalações. Por exemplo, existem atualmente mais de 90 proibições à utilização de plásticos de utilização únicas e as embalagens volumosas geram 40% do espaço vazio e subutilizado em embalagens, tornando inevitável repensar a forma como a embalagem é feita.

A logística sustentável (otimização de processos, materiais, novas técnicas de propulsão e instalações inteligentes) tem um elevado potencial para avançar para um modelo mais amigo do ambiente. A utilização de contentores inteligentes no transporte será também importante no desenvolvimento de formatos ecológicos para a entrega na última milha em cidades.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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