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H&M recupera protagonismo na bolsa com lucros em alta e estratégia sólida

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A H&M está de volta aos holofotes do sector da moda e dos mercados financeiros. Após anos de forte concorrência e reestruturação interna, a gigante sueca mostra sinais claros de recuperação, refletidos tanto nas contas apresentadas aos investidores como na valorização das suas ações na Bolsa de Estocolmo.

A análise de desempenho da H&M foi efetuada pela XTB que considera que a marca está a recuperar terreno na bolsa e nos resultados financeiros. A empresa apresenta lucros em subida, margens acima dos 50% e ações que valorizam cerca de 16% desde o início do ano e aproximadamente 38% desde os mínimos de abril.

Fundada em 1947 e cotada desde 1974, a H&M foi durante décadas uma das empresas mais valiosas da Suécia. Contudo, o avanço de concorrentes como a Zara (Inditex), a Primark (Associated British Food) e a plataforma Shein forçou uma transformação profunda, assente na digitalização, na modernização das lojas e numa aposta crescente em coleções sustentáveis.

Recuperação sustentada nos resultados

Os números confirmam a retoma. As receitas da H&M mantêm-se estáveis, mas com uma melhoria expressiva nas margens, que ultrapassam atualmente os 50% de margem bruta. O lucro líquido tem vindo a crescer de forma consistente — em alguns trimestres superando os 400 milhões de dólares —, refletindo uma gestão mais eficiente e custos mais controlados.

A empresa também reduziu o peso da dívida e reforçou o fluxo de caixa operacional, consolidando uma estrutura financeira mais sólida. O investimento em modernização de lojas e fortalecimento do canal online reforça a estratégia de adaptação a um consumidor mais digital e consciente.

Contexto económico favorável

A recuperação da marca está também associada à melhoria dos indicadores económicos em mercados-chave.

Na Alemanha, apesar dos desafios, a descida das taxas de juro e uma política monetária mais flexível têm estimulado as vendas a retalho. Já nos Estados Unidos, a economia mantém-se resiliente, com o consumo a resistir mesmo num cenário de juros elevados. Ambos os mercados são fundamentais para o “core business” da H&M.

Confiança renovada dos investidores

Na Bolsa de Estocolmo, as ações da H&M valorizam cerca de 16% desde o início do ano e 38% desde abril, impulsionadas por resultados positivos e pela confiança dos investidores na estratégia da empresa. O aumento do volume de transações após cada divulgação de resultados confirma o crescimento do interesse do mercado.

Comparativamente, a H&M supera os principais concorrentes: enquanto a Inditex regista um ligeiro recuo de 4% no mesmo período e a Associated British Food (dona da Primark) avança apenas 6%, a marca sueca destaca-se como uma das mais fortes recuperações do sector.

Desafios e perspetivas

A análise levada a cabo pela XTB considera que o grande desafio para 2025 será manter a rentabilidade num contexto económico ainda incerto, marcado por inflação e consumidores mais prudentes. Ainda assim, os fundamentos financeiros e a confiança do mercado sugerem que a H&M voltou a encontrar o seu rumo.

A empresa que foi símbolo da democratização da moda parece, agora, voltar à moda na bolsa — com um modelo de negócio mais ágil, sustentável e preparado para o futuro.

A retoma da H&M está a ser sustentada por:

  • Melhoria das margens operacionais e redução do peso da dívida.
  • Fluxo de caixa mais sólido e aumento do investimento em lojas e canais digitais.
  • Recuperação do consumo em mercados-chave como Alemanha e Estados Unidos.

No sector, a H&M destaca-se face a concorrentes:

  • A Inditex regista desaceleração no crescimento de receitas, margens e lucros.
  • A Primark apresenta quebra nas receitas face ao ano anterior, apesar da melhoria dos lucros e margens.
  • Em bolsa, a H&M valoriza cerca de 16% no acumulado do ano, enquanto a Associated British Foods (onde se inclui a Primark) sobe cerca de 6% e a Inditex recua perto de 4%.

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