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Geração Z quer transformar as ruas comerciais em centros sociais imersivos até 2050, revela estudo da American Express

Foto Shutterstock

As ruas comerciais do Reino Unido poderão sofrer uma transformação radical até 2050, impulsionada pelo poder de compra crescente da Geração Z.

Segundo o estudo “Retail 2050”, da American Express em parceria com a consultora Trajectory, este segmento — hoje com até 28 anos — quer que as high streets deixem de ser apenas espaços de compras para se tornarem hubs sociais, vibrantes e tecnologicamente avançados.

A Geração Z quer muito mais do que lojas. O estudo revela que 65% acredita que cada visita à high street deve oferecer algo único, que não esteja disponível online. 79% defende que as lojas devem incluir mais espaços de restauração, lazer e convívio e 59% encara as compras como um dia completo fora de casa, combinando refeições, cultura e experiências.

A diferença geracional é evidente: apenas 30% dos Baby Boomers partilha esta visão de um consumo expandido para a experiência social.

 

Lojas tecnológicas e imersivas: IA será essencial

Três em cada quatro jovens inquiridos (76%) acreditam que os retalhistas devem usar a inteligência artificial para criar experiências mais imersivas. As expectativas incluem: provadores digitais com realidade aumentada, sugestões de styling geradas por IA, navegação digital dentro da loja, checkouts autónomos, pick-up rápido na berma, e operações de logística ultrarrápidas.

No futuro, 67% acredita que chegará às lojas em carros autónomos e 65% espera receber as compras entregues por drones.

A visão da Geração Z para 2050 passa também pela renovação constante das ruas comerciais: 82% quer rotações frequentes de pop-ups e novos espaços e 64% deseja que as high streets incluam galerias, teatros e atividades culturais.

Segundo Paul Flatters, CEO da Trajectory, as ruas do futuro serão “palcos vivos do quotidiano”, com mercados semanais, rooftops, cozinhas experimentais, hubs de coworking e eventos permanentes, uma mistura de festival e espaço comercial.

O estudo contraria a ideia generalizada de que os mais jovens privilegiam apenas o digital. Para Dan Edelman, general manager da American Express no Reino Unido, “há um equívoco em pensar que a Gen Z está a afastar-se das lojas físicas. Na verdade, estão a reinventá-las”.

A American Express defende que, até 2050, as high streets serão menos sobre transações e mais sobre descoberta, conexão, bem-estar e pertença.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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