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Futuro das embalagens passa pela colaboração e investimento em inovação e ecodesign

O país apenas conseguirá evoluir rumo à economia circular se houver um esforço colaborativo entre as diferentes entidades que compõem a cadeia de valor do sector das embalagens, “que permita uma inovação partilhada, mais rápida e com ganhos imediatos”.

A ideia foi reforçada por Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde (SPV), no encerramento do evento “Eco Embalagens | UnboxingTheFuture”, que debateu o futuro das embalagens, numa partilha da experiência e conhecimento dos diversos agentes da cadeia de valor do sector da reciclagem para encontrar sinergias e estratégias que otimizem a reciclabilidade dos resíduos existentes no mercado.

Apenas existindo este envolvimento e motivação por parte das empresas para fazer mais e melhor, conseguiremos encontrar estratégias e soluções inovadoras para responder aos desafios existentes em matéria de ecodesign e reciclabilidade de embalagens”, conclui a CEO da SPV.

 

Futuro

Com as ambiciosas metas da reciclagem e a urgência por mais sustentabilidade, empresas embaladoras, de gestão de resíduos, recicladores e reguladores, partilharam a sua visão sobre as embalagens do amanhã, numa sessão que contou ainda com a participação de António Costa e Silva, professor do Instituto Superior Técnico, e de Inês dos Santos Costa, secretária de Estado do Ambiente.

O sentido de urgência do planeta foi dado por António Costa e Silva, ao lançar uma questão para reflexão: do que nos serve uma economia se não conseguirmos respirar? “Para acelerarmos a transição para a economia circular, temos de mudar o nosso paradigma mental, através da sensibilização da sociedade para a importância da reciclagem, da ciência dos materiais, da inovação e digitalização dos processos e, essencialmente, da promoção do consumo responsável e inteligente”, respondeu.

Os oradores convidados para as SpeedTalks sobre o “Ciclo da Embalagem 360º” foram unânimes face à crescente necessidade de dar incentivos às microempresas e PMEs para fazerem face aos desafios acrescidos criados pelas novas diretrizes e regulamentação nacional e europeia, de modo a sustentar projetos inovadores e disruptivos centrados na economia circular.

Na mesa-redonda “As Embalagens do Futuro”, os oradores sublinharam a necessidade de investir no processo de rastreabilidade embalagem a embalagem, para a obtenção de informação detalhada sobre o seu ciclo de vida. Também a importância de reforçar a educação ambiental e a comunicação existente nesta matéria foi salientada, a par da entrega de um melhor nível de serviço ao consumidor na gestão dos resíduos. Foi destacada a relevância de investir em ecodesign, em bioeconomia e noutras metodologias inovadoras que permitam contribuir para a simplificação das embalagens, tornando-as mais fáceis de reciclar.

 

Soluções partilhadas

Para a secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, “o futuro das embalagens passa

Inês dos Santos Costa

pelo desenvolvimento de soluções partilhadas entre os diferentes intervenientes da cadeia de valor, bem como pela implementação de políticas públicas colaborativas, que penalizem as empresas que não cumpram as metas propostas para a redução de embalagens. Inovar com sentido e direção, apostando na sensibilização, mas também numa estratégia de circularidade sistémica, capaz de influenciar o design das embalagens e evoluir em matéria de cluster, potenciando uma maior aproximação com os consumidores e trazendo para território nacional inovações otimizadas através dos mercados externos” faz parte da estratégia apontada pela secretária de Estado do Ambiente para o futuro deste sector.

O “Eco Embalagens | UnboxingTheFuture” decorreu na manhã de 19 de janeiro, no Centro Cultural de Belém e está disponível para visualização em https://www.youtube.com/SociedadePontoVerdeOficial.

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