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A 1ª edição do estudo Tracking Hortofrutícolas, promovido pela GS1 Portugal, realça que o grau de frescura, a qualidade dos produtos e as condições comerciais competitivas são fatores de máxima importância para os retalhistas.
O estudo, apresentado no MARL, envolveu quatro retalhistas e 18 fornecedores, avaliando o nível de serviço logístico e a relação comercial através de questionários e entrevistas.
Tracking Hortofrutícolas
A frescura dos produtos foi o critério logístico considerado mais importante, mas também aquele com a avaliação média mais baixa, indicando margem para melhorias. Já a rastreabilidade e a transparência desde a origem, fundamentais para a segurança alimentar e para a confiança do consumidor, foram bem avaliadas, refletindo a crescente preocupação dos consumidores em saber a origem dos produtos.
Na componente comercial, a qualidade e confiança dos produtos lideram como o ponto mais valorizado, enquanto as condições comerciais competitivas receberam as avaliações mais baixas. O estudo sublinha que os retalhistas aplicam critérios mais rigorosos na relação comercial, revelando, simultaneamente, maiores oportunidades de melhoria para os fornecedores.
Tendências
Em termos de tendências, o estudo aponta três grandes eixos: o aumento das exigências dos consumidores, os desafios da cadeia de abastecimento e a necessidade de maior sustentabilidade. Destaque para a importância da capacidade de resposta rápida no retalho, as dificuldades logísticas, e a urgência em adotar práticas mais sustentáveis, face às alterações climáticas e à necessidade de combater o desperdício alimentar.
Durante o evento, foram também apresentados casos práticos de aplicação da codificação 2D, sublinhando a importância da digitalização na transparência e eficiência do setor hortofrutícola.
No painel de encerramento, representantes de retalhistas e produtores destacaram a utilidade prática do estudo. Eunice Martins (Frutas Patrícia Pilar) e Ana Carreira (DARLIC) reforçaram como os resultados ajudaram a identificar prioridades de melhoria. Do lado dos retalhistas, Nuno Passadinhas (Auchan) e Alexandre Almeida Garrett (MC Sonae) valorizaram a oportunidade de comparar perceções e promover uma relação mais colaborativa e informada com os seus fornecedores. A próxima edição do estudo incluirá ainda uma avaliação inversa, permitindo um feedback bidirecional.