A Fnac regressou em 2014 aos crescimentos na Península Ibérica e, concretamente, em Portugal. A insígnia publicou esta quinta-feira os resultados do fecho do exercício passado, onde dá conta do crescimento das vendas em Portugal e de um desempenho afetado pela forte dinâmica promocional em Espanha.
Em entrevista à Grande Consumo, publicada na edição n.º 31, Pedro Mata, diretor de marketing e de comunicação da Fnac em Portugal, tinha já aludido à performance positiva no mercado português, sobretudo no final do ano. “A Fnac cresceu em quota de mercado e tivemos um crescimento inédito em dezembro. Em termos relativos, este Natal foi mais positivo do que o do ano passado para a Fnac”, adiantou.
Vendas ibéricas
No seu conjunto, as vendas na região ibérica aumentaram 0,7%, com o último trimestre a mostrar-se particularmente positivo (1,8%). O canal Internet cresceu a dois dígitos, acelerando significativamente no segundo semestre. O resultado operacional corrente aumentou 10,8% e a margem operacional situou-se nos 3,6%, contra os 3,3% de 2013.
Globalmente, a Fnac acelerou a sua transformação em 2014, registando resultados positivos em todos os indicadores chave. O volume de negócios progrediu 0,9% no segundo trimestre, a valores constantes e numa base comparável, e estabilizou no conjunto do exercício nos 3.895 milhões de euros, o que contrasta com a baixa de 3,1% em 2013. A melhoria da rentabilidade e a geração de cash flow confirmou-se no exercício, com um resultado operacional corrente de 77 milhões de euros, crescendo 7,4%. De acordo com o comunicado, o grupo prosseguiu com os ganhos de quota de mercado e reforçou as posições de liderança. “Esta performance, conseguida num ambiente de consumo difícil, valida as escolhas estratégicas tomadas no quadro do plano Fnac 2015”.
Web
Também a um nível global, o canal Internet prosseguiu com o seu crescimento. As vendas omnicanais aumentaram fortemente e já representam mais de 35% das vendas no mercado francês, contra os 29% em 2013. A fim de reforçar a complementaridade entre a rede de lojas e a Internet, foram acrescentadas novas funcionalidades, como a capacidade dos clientes terem na loja acesso à totalidade da oferta de produtos disponíveis online ou de recolher um produto no ponto de venda da sua escolha no prazo de uma hora. Nos “marketplaces”, por seu turno, o volume de negócios cresceu mais de 25%, aproveitando o desenvolvimento rápido das iniciativas em Espanha e em Portugal e da forte progressão em França. Neste sentido, os “marketplaces” representam já 15% do volume de negócios na Internet.
Expansão
Por outro lado, a expansão assente em novos formatos de loja acelerou quer em França, quer ao nível internacional. Foram abertas 11 lojas de novos formatos, com um especial dinamismo do conceito de proximidade na Península Ibérica, onde se materializaram mais quatro espaços, três dos quais em Portugal. Em França abriram seis, incluindo a transformação de dois espaços “Culture et Loisirs”, no quadro da parceria com o Intermarché.