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Fnac cresce a dois dígitos em Portugal

Operação nacional entre as mais dinâmicas do grupo europeu no primeiro semestre de 2025

Foto sylv1rob1/Shutterstock

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A Fnac Darty registou um primeiro semestre de 2025 marcado por crescimento sólido e reforço da estratégia de serviços, com Portugal a destacar-se como um dos mercados mais dinâmicos do grupo.

De acordo com os resultados agora divulgados, a operação portuguesa registou um crescimento de dois dígitos nas vendas, num semestre onde a retoma de produtos, os serviços tecnológicos e os modelos de subscrição consolidaram o posicionamento do grupo como referência omnicanal na Europa.

O desempenho em território nacional acompanhou a tendência de crescimento sentida noutros mercados de elevado desempenho, como a Suíça, em contraponto com os mercados francês e belga, que continuam a enfrentar uma procura mais débil devido ao contexto económico e à contenção do consumo.

 

Grupo cresce 2,4%

Globalmente, o grupo Fnac Darty registou um volume de negócios de 3.997 milhões de euros, entre janeiro e junho, o que representa um crescimento de 2,4% em base comparável. Este crescimento foi impulsionado sobretudo pelas áreas de serviços (+11,2%) e da retoma de produtos (+25%), duas alavancas fundamentais da estratégia ESG e de diferenciação da marca.

A categoria de serviços representa já 7,6% das receitas do grupo, com destaque para a plataforma Darty Max, dedicada à reparação e manutenção de grandes eletrodomésticos, e o plano Fnac+, com vantagens em entregas e acesso privilegiado a campanhas promocionais. Até junho, o número de subscritores destes programas ascendia a 3,6 milhões de clientes ativos.

A venda de produtos recondicionados e usados, parte integrante da estratégia Second Life da Fnac, conheceu um crescimento expressivo de 25% face ao primeiro semestre de 2024. A aposta neste segmento permite ao grupo não só responder à procura por soluções mais acessíveis e sustentáveis, mas também prolongar o ciclo de vida dos equipamentos e contribuir para a redução de resíduos eletrónicos.

 

Rentabilidade sob pressão, mas dívida recua

O grupo reportou um EBITDA ajustado de 68 milhões de euros, com uma margem de 1,7%, ligeiramente abaixo da registada no período homólogo. Esta redução deve-se sobretudo ao aumento de custos operacionais nalguns mercados e ao abrandamento da procura em França e na Bélgica.

Ainda assim, a Fnac Darty reduziu significativamente a sua dívida líquida para 386 milhões de euros, face aos 468 milhões registados um ano antes, reforçando a sua solidez financeira.

O índice de satisfação do cliente, medido através do Net Promoter Score (NPS), manteve-se elevado, nos 62 pontos, refletindo a eficácia da aposta na qualidade de serviço, apoio técnico e pós-venda.

 

Novo plano estratégico em preparação

Ciente dos desafios macroeconómicos, o grupo encontra-se a preparar um novo plano estratégico para o biénio 2025-2026, centrado em quatro pilares: crescimento sustentável, eficiência operacional, aceleração digital e reforço da liderança em serviços.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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