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O índice de preços dos alimentos da FAO situou-se em janeiro de 2025 numa média de 124,9 pontos, ou seja, 2,1 pontos (1,6%) abaixo do nível revisto de dezembro. As quedas nos índices de preços do açúcar, dos óleos vegetais e da carne compensaram amplamente os aumentos nos preços dos produtos lácteos e dos cereais.
O índice geral ficou 7,3 pontos (6,2%) acima do nível registado há um ano, embora se mantenha 35,3 pontos (22%) abaixo do pico alcançado em março de 2022.
Cereais
O índice de preços dos cereais atingiu em janeiro uma média de 111,7 pontos, ou seja, mais 0,3 pontos (0,3%) do que em dezembro, mas ainda assim 8,2 pontos (6,9%) abaixo do nível registado há um ano.
Os preços do trigo para exportação caíram ligeiramente em janeiro, com poucas oscilações durante o mês. Já os preços mundiais do milho aumentaram e superaram os valores de há um ano pela primeira vez em dois anos. Por sua vez, o índice de preços da FAO para todos os tipos de arroz diminuiu 4,7% em janeiro, devido à ampla oferta para exportação e à competição entre exportadores, fatores que continuaram a pressionar os preços para baixo.
Óleos vegetais e carne
O índice de preços dos óleos vegetais registou em janeiro uma média de 153 pontos, ou seja, 9,1 pontos (5,6%) menos do que no mês anterior, embora se mantenha 24,9% acima do nível de há um ano. A queda foi impulsionada principalmente pela redução dos preços mundiais dos óleos de palma e de colza, enquanto as cotações dos óleos de soja e de girassol se mantiveram estáveis.
Já o índice de preços da carne situou-se em janeiro numa média de 117,7 pontos, ou seja, menos 1,7 pontos (1,4%) do que em dezembro, mantendo-se 8,9 pontos (8,1%) acima do nível de há um ano. A descida foi impulsionada pela queda dos preços internacionais da carne de ovino, porco e aves de capoeira, que contrariaram os aumentos nas cotações da carne bovina.
Produtos lácteos e açúcar
No que diz respeito ao índice de preços dos produtos lácteos, este atingiu em janeiro uma média de 142,9 pontos, mais 3,3 pontos (2,4%) do que em dezembro de 2024 e 24,3 pontos (20,4%) acima do valor de há um ano. As cotações internacionais do queijo foram as que mais aumentaram (7,6% mês-a-mês), refletindo o aumento da procura global por importações, num contexto de recuperação lenta da produção e de fortes vendas internas a retalho nos principais países produtores.
Em contrapartida, os preços internacionais da manteiga continuaram a cair, apesar do aumento da demanda dos processadores de alimentos na Europa e na Oceania. Os preços internacionais do leite em pó desnatado e gordo também desceram, em resultado da recuperação da produção na Europa e da fraca procura interna e de importação.
Por fim, o índice de preços do açúcar registou em janeiro uma média de 111,2 pontos, ou seja, menos 8,1 pontos (6,8%) do que em dezembro e 25,2 pontos (18,5%) abaixo do valor de há um ano, atingindo o seu nível mais baixo desde outubro de 2022, quando se situou numa média de 108,6 pontos.