Oiça este artigo aqui:
O estudo da KPMG CEO Outlook 2025 revela que os CEOs em Portugal estão a reforçar o compromisso com a sustentabilidade e a governação das suas organizações. O estudo mostra que 77% dos líderes nacionais acreditam ter a capacidade e os recursos necessários para cumprirem as novas exigências de comunicação de informação não financeira, alinhando-as com as metas estratégicas das suas empresas.
Simultaneamente, 72% dos CEO nacionais declaram utilizar a IA para melhorar a qualidade dos dados e relatórios de sustentabilidade, assim como identificar oportunidades de eficiência de recursos (72%), ao passo que 77% recorrem a esta tecnologia para reduzir emissões e aumentar a eficiência energética.
Quase metade (48%) está a dar prioridade a normas de conformidade e de comunicação de informações para responder às exigências de investidores e reguladores, integrando os objetivos de sustentabilidade no centro da estratégia empresarial.
“Estamos a assistir a uma fase de amadurecimento das práticas ESG em Portugal. As empresas estão a consolidar infraestruturas de dados, métricas de valor e uma governação robusta, ao mesmo tempo que exploram soluções tecnológicas, nomeadamente de inteligência artificial, para acelerar a transição sustentável. O desafio atual é garantir credibilidade, consistência e um impacto mensurável“, afirma Vitor Ribeirinho, senior partner/CEO da KPMG Portugal.
Contexto global
A nível internacional, o estudo KPMG 2025 Global CEO Outlook revela que 61% dos CEOs globais acreditam que conseguirão cumprir as suas metas de neutralidade carbónica até 2030, o que representa um aumento de 10% face aos dados registados em 2024.
Esta evolução confirma que a confiança climática está a aumentar, apoiada em estratégias de longo prazo e em investimentos tecnológicos que visam obter dados de qualidade, automatizar processos e elaborar relatórios mais fidedignos.
O estudo global evidencia também que 59% dos líderes manifestam preocupações éticas associadas à IA, 52% reconhecem limitações na preparação dos dados e 50% apontam a ausência de uma regulamentação adequada, fatores estes considerados críticos para garantir que a adoção da tecnologia apoie a sustentabilidade de forma transparente e responsável.




