A DS Smith analisou a magnitude e o custo das encomendas online que chegam danificadas durante a Black Friday e o Natal, o período de e-commerce mais movimentado do ano. A investigação destaca que a maioria dos compradores inquiridos (88%) nas quatro maiores economias da zona euro planeava aproveitar a Black Friday, a Cyber Monday ou os saldos pós-Natal para fazer compras, sendo que três em cada cinco (60%) compradores online afirmou ter recebido artigos danificados em compras realizadas na Internet nos últimos 12 meses.
Entre os compradores online que receberam produtos com danos no ano passado, o número médio de artigos danificados foi de três, enquanto o valor médio foi de 58 euros por cada produto. Inclui computadores portáteis, sofás e objetos de vidro. Isto significa que a fatura total dos danos nestes países atingiu 21,9 mil milhões de euros.
A DS Smith prevê que mais de 342 milhões de caixas deverão ser devolvidas em toda a Europa na sequência das compras de novembro. “As encomendas danificadas são uma situação de perda para todos os envolvidos: os compradores ficam frustrados e os retalhistas têm de lidar com a dificuldade de processar as devoluções. As vendas pela Internet representam uma proporção cada vez maior das vendas a retalho na Europa e, tal como demonstrado por este estudo, as devoluções têm um custo significativo, numa altura em que as compras online são cruciais para os retalhistas, dada esta época de maior atividade”, afirma Diogo Mendonça Tavares, Head of Commercial Operations da DS Smith Packaging Ibéria.
Limitar os danos
A empresa está a trabalhar com tecnologias de rastreabilidade e testes de impacto para compreender o que acontece realmente às encomendas no seu percurso. “Recriamos essas condições em laboratório para testar o packaging e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para proteger o produto no seu interior. As nossas equipas de I&D descobriram que, através de um design inteligente, existem formas de não só limitar os danos, como também de utilizar menos material, e tudo isto sem plástico”, acrescenta Diogo Mendonça Tavares.
As equipas de I&D e inovação da DS Smith estão a utilizar tecnologia para recriar a cadeia de fornecimento e testar os fatores de queda, impacto, choque, esmagamento, e abanão, para apurar a resistência das embalagens e, assim, desenvolver novos designs para proteger mais eficazmente os produtos.
Para artigos frágeis, tais como copos, garrafas e cerâmicas, o teste de queda provou ser uma medida fundamental para desenvolver melhores embalagens. É necessário que os produtos resistam a 17 quedas consecutivas antes de serem considerados suficientemente protetores para serem utilizados. Cada queda permite aos especialistas examinar os pontos da caixa que necessitam de ser reforçados para sobreviver à viagem até à porta do cliente.
Para além de recriar os perigos da cadeia de fornecimento, a equipa de I&D da DS Smith está a colocar “acelerómetros” que rastreiam a velocidade de uma encomenda ao longo do seu trajeto e que proporcionam informação capaz de explicar os danos que esta sofre. A investigação da DS Smith demonstrou que, em média, uma encomenda online standard experimenta forças que atingem os 50Gs. Este valor corresponde a mais de cinco vezes o nível de forças G que faria com que um astronauta experiente perdesse a consciência (9Gs) e equivale a 10 vezes mais forças G do que as experienciadas numa montanha-russa (5Gs).