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Electrão recolheu mais de 200 toneladas de equipamentos elétricos usados ao domicílio em 2023

Electrão carrinha recolha porta-a-porta

O Electrão recolheu 203 toneladas de eletrodomésticos usados ao domicílio, em 2023, no âmbito do projeto de recolha porta a porta de equipamentos elétricos.

Esta quantidade representa um aumento de 70% face ao total encaminhado para reciclagem nos dois primeiros anos deste projeto. Em 2021 e 2022, as recolhas perfizeram um total de 120 toneladas.

Foram recolhidas 70 toneladas de equipamentos de frio, como frigoríficos e arcas congeladoras, 84 toneladas de outros grandes equipamentos elétricos, como máquinas de lavar roupa e loiça, e ainda 14,5 toneladas de pequenos equipamentos, como ferros de engomar e torradeiras. A restante quantidade corresponde a lâmpadas, equipamentos informáticos e pilhas.

 

Presença em 6 concelhos

Esta iniciativa, que arrancou no município de Lisboa, está atualmente ativa em seis concelhos da Área Metropolitana de Lisboa – Almada, Lisboa, Loures, Moita, Odivelas e Seixal –, mas a previsão é duplicar o número de municípios já este ano (está em estudo o alargamento aos concelhos de Amadora, Cascais, Mafra, Oeiras, Palmela e Sintra).

“Com esta iniciativa, pretendemos dar a possibilidade ao cidadão de encaminhar para reciclagem os grandes eletrodomésticos avariados ou fora de uso, de forma cómoda e gratuita. Esta solução é uma alternativa à rede instalada em todo o território nacional, que pode ser consultada no site ondereciclar.pt, sublinha o diretor geral do Electrão, Ricardo Furtado.

 

Travar a acumulação de equipamentos elétricos

O projeto do Electrão permite, ao mesmo tempo, “travar a tendência de acumulação de equipamentos elétricos, garantir a proteção da saúde humana e do ambiente e combater o mercado paralelo”. Um estudo desenvolvido pelo Electrão concluiu que “três em cada quatro dos equipamentos elétricos usados colocados pelo cidadão na via pública, para recolha posterior por parte dos serviços municipais, são desviados para o mercado paralelo. Este mercado informal processa os equipamentos elétricos sem acautelar a sua correta descontaminação, o que acarreta graves impactos para a saúde e ambiente, já que muitos destes aparelhos possuem componentes perigosos”.

O projeto é promovido em colaboração com os municípios, nomeadamente na divulgação do serviço e gestão dos pedidos de recolha. “As autarquias são uma peça fundamental da cadeia de valor para que se atinjam as ambiciosas metas de reciclagem a que Portugal está obrigado”, considera o Electrão.

 

2.800 recolhas efetuadas e 4.200 eletrodomésticos transportados em apenas um ano

Em 2023, 2.806 famílias beneficiaram deste serviço de recolha de eletrodomésticos ao domicílio. Em média, cada agregado familiar entregou 1,5 equipamentos usados para reciclagem, o que resultou, no total, em cerca de 4.200 eletrodomésticos recolhidos.

O serviço é requisitado pelos munícipes para a recolha de eletrodomésticos volumosos, como máquinas de lavar roupa ou frigoríficos, mas acabam por ser entregues, normalmente, outros equipamentos elétricos fora de uso de pequena dimensão, como telemóveis, lâmpadas e ainda pilhas usadas.

 

Recolhas gratuitas

As recolhas são gratuitas e podem ser agendadas em articulação direta com o Electrão (através do número 800 262 333) ou com as câmaras municipais dos concelhos abrangidos. A equipa de recolha assegura o transporte dos eletrodomésticos usados desde o interior da residência, garagem ou arrecadação até ao veículo. Posteriormente, os equipamentos recolhidos são encaminhados para reciclagem.

As recolhas porta a porta permitem garantir que 99% dos equipamentos estão completos, o que significa que todos os componentes nocivos para o ambiente podem ser eliminados em segurança em unidades especializadas. Esta prática promove, também, a redução de custos ambientais e de tratamento.

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Por Bruno Farias

Diretor na revista Grande Consumo. Um eterno sonhador, um resiliente trabalhador. Pai do Afonso e do José.

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