A EFAPEL, fabricante nacional de aparelhagem elétrica de baixa tensão, registou no primeiro semestre vendas de 20M€, com quebra de 5,88 por cento relativamente ao homólogo de 2019.
Também nas exportações a empresa com sede em Serpins (Coimbra) registou crescimento negativo (-4,30%). Recorde-se que a EFAPEL exporta para 50 países de todo o mundo, desde a Europa e África até ao Médio Oriente e América Latina e tem duas subsidiárias no exterior, designadamente em Espanha e França. As quebras, devidas à pandemia, atingiram todos os mercados onde a empresa opera e de modo praticamente uniforme.
Para este segundo semestre, tendo em conta as novas circunstâncias, a EFAPEL prevê significativa melhoria de resultados, que, no entanto, não pode ainda ser calculada com rigor.
Produção contínua
A empresa ultrapassou a fase mais aguda da crise pandémica sem parar a produção, ao tomar todas as medidas necessárias para minimizar os seus efeitos. Perdeu, temporariamente, cerca de 15 por cento da sua capacidade produtiva, por apoio à família, ou porque passaram, por razões de segurança, ao regime de teletrabalho. Não recorreu ao “lay off”, nem tem tal recurso em perspetiva.
O grande objetivo da EFAPEL nesta fase tem sido o de criar todas as condições para atravessar a crise global sem diminuir a sua quota de mercado.
Redução da carga fiscal defendida
A empresa compreende as dificuldades do país, e a impossibilidade de apoios públicos excessivos que ponham em causa a sua estabilidade económico-financeira. Contudo, entende também ser necessária uma redução da carga fiscal, de modo a que as empresas adquiram melhores condições de competitividade. Segundo Américo Duarte, administrador da EFAPEL, “seria ainda muito importante que fossem condicionadas e taxadas importações oriundas de países onde não se aplicam regras e condições de trabalho idênticas às praticadas na Europa”. Assim, a competitividade “é desigual e cada vez mais difícil, forçando também a salários mais baixos, o que não é solução com futuro”, declara ainda.