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E-commerce é responsável por 53 mil milhões de dólares das vendas globais de FMCG

O “e-commerce” será responsável por 53 mil milhões de dólares das vendas globais de Fast Moving Consumer Goods (FMGC) – apenas produtos embalados – em 2016, num aumento de 17 mil milhões de dólares, cerca de 47%, face aos atuais mil milhões de dólares, antecipa a Kantar Worldpanel.

O estudo, que é baseado na análise dos hábitos de compra de 100 mil compradores em 10 dos maiores mercados online, prevê que o comércio eletrónico seja responsável por 5,2% das vendas globais de FMCG dentro de dois anos, mais 3,7% face ao atual.

 

Ásia

A Kantar prevê que a Ásia será o grande mercado de crescimento. A Coreia do Sul continuará na sua posição de liderança, com o online a ser responsável por 13,8% das vendas de FMCG em 2016. Atualmente, 55% dos compradores coreanos compram online, um valor que não tem comparação com qualquer outro país do mundo. A quota de mercado FMCG online continuará a crescer rapidamente em Taiwan e na China, atingindo 4,5% e 3,3% de quota de mercado do total FMCG, respetivamente.

Na Europa, o Reino Unido foi o pioneiro do mercado FMCG online. Os compradores britânicos compram na Internet uma vez por mês e as suas cestas de compras são cinco vezes maiores do que em offline – note-se que na maior parte dos países as cestas de compras online são duas vezes maiores que as cestas offline. No entanto, o crescimento da oferta “click and collect” em França, conhecida como “Drive”, fará com que este país ultrapasse o Reino Unido em 2016, com 6,1% de quota de mercado face aos 5,5% do mercado britânico. No mercado português, o online irá representar 1,4% das vendas de FMCG em 2016, crescendo face aos 1% atuais, num período de dois anos em que Portugal até ultrapassará a Espanha (1,2%) nesta matéria.

A consultora defende que o crescimento das vendas online de FMCG apresenta uma grande oportunidade para distribuidores e marcas. “Os atuais compradores online, tipicamente de classe média e classe alta, tendem a favorecer produtos de marca, em detrimento das marcas da distribuição, sendo o online uma plataforma ideal para as marcas. Em França, 55% dos consumidores online voltam a usar a mesma lista para cada compra, sendo essencial para as marcas assegurar a sua presença nas listas de compras se pretendem beneficiar do crescimento previsto”.

 

Barreiras

O estudo divulga as barreiras que impedem distribuidores e marcas de se envolverem com o canal online, confirmando que a maioria destas são apenas uma perceção e não correspondem às experiências reais dos consumidores. Entre os fatores inibidores estão o medo de que a presença online canibalize as vendas nas lojas físicas e que os consumidores se tornem menos fiéis caso comprem online. Contudo, o estudo mostra que o oposto é verdade para os dois cenários. “Uma das principais preocupações dos “players” FMCG é que o “e-commerce” retire o gasto do canal físico. No entanto, isto é também um dos maiores equívocos. Ter uma oferta online ajuda a garantir vendas adicionais, em vez de canibalizar o gasto das lojas físicas”, explica Stéphane Roger, Global Shopper e Retail Director na Kantar Worldpanel.

O estudo divulga também as estratégias que os distribuidores e as marcas estão a utilizar para ganharem quota de mercado, em diferentes ambientes locais de retalho, desde a Coreia Sul, China, França e Reino unido. Isto implica reforçar as compras por impulso, tornar as compras online mais divertidas e utilizar as últimas técnicas de compras de conveniência.

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