Se está a considerar comprar um carro usado que não lhe dê demasiada despesa ao longo do respetivo tempo de vida útil, existem vários fatores que deverá ter em conta.
Não é só no valor de compra que deve atentar – tudo o que gastar em manutenção impactará substancialmente o custo total de ser proprietário de um automóvel.
Ao longo deste artigo, abordaremos alguns dos veículos mais em conta em termos de valor de compra e de manutenção, para que possamos ajudá-lo a tomar uma decisão devidamente informada.
O equilíbrio entre o carro certo e o preço inicial
A missão de encontrar um automóvel relativamente comportável inicia-se através da identificação de marcas e modelos que proporcionam um equilíbrio entre o custo inicial e a respetiva manutenção a longo prazo.
O preço de venda ao público do Dacia Sandero, por exemplo, é consideravelmente acessível, sendo disponibilizado desde €11.650 e destacando-se como uma opção low-cost do Grupo Renault; este modelo promete uma combinação de comportabilidade e fiabilidade.
Seguem-se o Fiat Panda e o Renault Twingo, disponíveis desde €15.290 e €15.480, respetivamente; cada um deles oferece vantagens únicas, quer em termos de manuseamento, espaço ou opções de tecnologia híbrida.
Também o Kia Picanto, o Citroën C3 e o Hyundai i10 constituem fortes alternativas a ponderar, uma vez que oferecem um misto de design, tecnologia e desempenho a preços bastante competitivos.
Custos de manutenção: redução da despesa
Compreender o custo da manutenção do seu automóvel é fundamental; estima-se que, em média, os condutores e/ou proprietários gastem cerca de €0,144 por quilómetro em manutenção, reparações e pneus ao fim de cinco anos ou 120.000 km, o que se traduz por, aproximadamente, €1.340 por ano ou €6.700 ao fim de cinco anos.
Curiosamente, o Toyota Prius e outros carros económicos de topo registam custos significativamente inferiores a esta média, o que sublinha a importância de selecionar um modelo aclamado pelos seus gastos de manutenção reduzidos.
Custo total: para lá do valor de compra
Ser proprietário de um automóvel compreende gastos acrescidos ao valor inicial da compra – o custo anual de ter um carro, incluindo impostos, seguro e demais despesas funcionais (em combustível, sobretudo) ronda uma média de €10.000.
As comissões inerentes à venda acrescem ao preço de venda ao público, enquanto as despesas de combustível e prémios de seguro variam dependendo do veículo ou dos hábitos do condutor.
Existem também outros dois fatores que são normalmente ignorados na avaliação do custo total de ter um automóvel – a garantia do veículo e o seu potencial valor comercial.
Uma garantia abrangente pode reduzir substancialmente os custos de manutenção durante os primeiros anos, enquanto um carro conhecido por manter o seu valor comercial equilibrado ao longo do tempo tem potencial para reduzir o impacto financeiro, caso pretenda vender ou entregar o veículo para retoma.
Os modelos cujo valor comercial se mantém (devido à sua fiabilidade e reputação de marca, especialmente) são mais economicamente vantajosos a longo prazo.
A escolha de um carro com uma boa garantia e um histórico de valor comercial estabilizado pode ser tão fulcral quanto reduzir os custos de manutenção ou de consumo de combustível, garantindo, desta forma, a comportabilidade do veículo ao longo de todo o seu tempo de vida útil.
Em todo o caso, as despesas de manutenção, reparações e pneus são custos recorrentes que, quando geridos eficazmente, mantêm o equilíbrio do seu orçamento.
Tome uma decisão informada
Ao procurar adquirir um carro usado, não se deixe ficar apenas pelo preço que vê no imediato.
Os potenciais compradores devem sempre ter em conta outros fatores como o histórico de manutenção do modelo que estão a considerar, a respetiva eficiência relativamente ao consumo de combustível e o prémio do seguro, devendo posteriormente equacionar de que forma é que estes mesmos aspetos se enquadram nos seus orçamento e padrão de vida.
Modelos como o Dacia Sandero ou o Kia Picanto, que combinam custos iniciais reduzidos com despesas de manutenção relativamente razoáveis, são excelentes escolhas para consumidores que não pretendem exceder o seu orçamento.
Escolher um automóvel é, no fundo, uma questão de estabelecer um equilíbrio entre o investimento primário e os custos recorrentes inerentes a ser proprietário de um veículo.
Ao focar-se sobretudo nestes aspetos, pode certificar-se, na qualidade de comprador, de que toma uma decisão que lhe permite sentir-se financeiramente confortável a longo prazo.
Lembre-se de que a chave para uma compra satisfatória está em efetuar uma pesquisa: procure saber não só o preço de venda ao público do automóvel em que está interessado, mas também a média das despesas com manutenção, consumo de combustível e prémios de seguro, de modo a poder compreender o custo total deste empreendimento.
Esta abordagem holística à compra de um carro usado ajudá-lo-á a tomar uma decisão devidamente informada que se enquadre nos seus objetivos financeiros e nas suas necessidades pessoais.