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A Diageo reportou vendas líquidas de 11 mil milhões de dólares no primeiro semestre do seu ano fiscal de 2024, uma descida de 1,4% em relação ao mesmo período do exercício anterior.
A empresa de bebidas explica em comunicado que a diminuição se deveu a um impacto cambial desfavorável de 167 milhões de dólares e a uma diminuição orgânica nas vendas líquidas de 67 milhões de dólares, ou 0,6%, impulsionada por uma diminuição de 310 milhões de dólares, menos 23%, na região da América Latina e Caribe (ALC).
Excluindo o impacto desta região, as vendas líquidas reportadas cresceram 72 milhões de dólares, ou 0,7%, e as vendas líquidas orgânicas aumentaram 243 milhões dólares, ou 2,5%, impulsionadas pelas regiões da Ásia-Pacífico (+5,9%), África (+9,3%) e Europa (+3,4%), parcialmente compensadas pela queda de 64 milhões de dólares, ou 1,5%, na América do Norte, que, não obstante, melhorou sequencialmente a partir do segundo semestre do ano fiscal de 2023.
Lucro
Já o lucro operacional reportado diminuiu 11,1%, para três mil milhões de dólares, e a margem de lucro operacional reportada contraiu 329 pontos-base, devido à menor margem operacional orgânica e ao impacto negativo de itens operacionais excecionais.
De acordo com Debra Crew, CEO da empresa, “o primeiro semestre do ano fiscal de 2024 foi desafiador para a Diageo e para a nossa indústria, especialmente porque registámos um forte crescimento no ano anterior e enfrentámos um ambiente de consumo global desigual. Excluindo a ALC, as vendas líquidas orgânicas do nosso grupo cresceram 2,5%, impulsionadas pelo bom crescimento na Europa, Ásia-Pacífico e África. Embora a América do Norte tenha alcançado melhorias sequenciais, em linha com as nossas expectativas, estamos focados em regressar ao crescimento, acompanhando a normalização do comportamento do consumidor na nossa região mais importante”.
Perspetivas
Olhando para o segundo semestre do ano fiscal de 2024, apesar da volatilidade económica global, a Diageo espera alcançar uma melhoria nas vendas líquidas orgânicas e no crescimento do lucro operacional orgânico.
“Embora o enquadramento macroeconómico continue a ser difícil, estou confiante de que permaneceremos bem posicionados e resilientes a longo prazo. Somos diversificados por categoria, preço e região e continuaremos a investir por detrás das nossas marcas icónicas para manter a nossa posição como líderes da indústria em bebidas espirituosas, um sector atraente e com um longo caminho de crescimento”, conclui Debra Crew.