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O crédito ao consumo voltou a aumentar na Europa no segundo trimestre de 2025, mantendo a tendência de subida verificada nos últimos períodos. Os dados divulgados pela Eurofinas – Federação Europeia de Instituições de Crédito Especializado, da qual a ASFAC faz parte – revelam um crescimento global de 4,5% entre os países membros, incluindo também Turquia e Marrocos.
Portugal destacou-se com a 5.ª maior subida na concessão de crédito ao consumo, registando um aumento de 11,6% face ao mesmo período de 2024. No total, foram utilizados 2.126 mil milhões de euros no 2.º trimestre deste ano.
O país foi ultrapassado apenas por Turquia (+39,9%), Marrocos (+34,1%), Noruega (+22,4%) e Bélgica (+14,4%). Em sentido contrário, Dinamarca (-2,8%) e Espanha (-0,7%) registaram quebras.
Em termos absolutos, os países que mais crédito concederam foram o Reino Unido (34,7 mil milhões de euros), Itália (15,3 mil milhões de euros) e a Alemanha (14,5 mil milhões de euros). No total dos 12 países membros da Eurofinas foram concedidos 89,8 mil milhões de euros no 2.º trimestre.
Financiamento Automóvel
No crédito para aquisição de veículos automóveis, a variação global no financiamento automóvel entre os países membros da Eurofinas foi de +3,3%.
Portugal ocupou também aqui a 5.ª posição, com um crescimento de 7,4% face ao 2.º trimestre de 2024. Destaca-se ainda como o país com a maior subida no financiamento de veículos usados (+5,4%, para uma média global de apenas +0,1%) e a 4.ª maior subida nos veículos novos (+17,7%).
A maior subida global no financiamento automóvel ocorreu em Marrocos (+44%), enquanto o pior resultado foi registado em França (-14,2%).
Crédito pessoal
Portugal registou a 2.ª maior subida no crédito pessoal (+27,7%), apenas ultrapassado pela Noruega (+28,8%). A única descida ocorreu na Dinamarca (-0,5%). A média global situou-se em +6,4%.
Cartões de crédito e linhas de crédito
No crédito utilizado através de cartões de crédito e linhas de crédito, a maior subida verificou-se na Dinamarca (+151,5%), seguida de Marrocos (+132,8%). Portugal registou a 6.ª maior subida (+10,4%), acima da média global de +4,2%. Espanha foi o único país com redução, influenciada pelas incertezas jurídicas relativas à definição de taxas máximas.
Duarte Gomes Pereira, secretário-geral da ASFAC, considera “muito positivo verificar que os associados da ASFAC continuam a apoiar os consumidores e a economia portuguesa, permitindo o acesso a bens de consumo que de outra forma poderiam não ter acesso. O desenvolvimento do crédito ao consumo mantém-se sustentável e alinhado com os padrões europeus. É igualmente encorajador confirmar a qualidade do crédito concedido, refletida na historicamente reduzida taxa de incumprimento e nas elevadas taxas de solvabilidade do setor, consistentemente abaixo do valor de referência de 50%”.
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