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Comércio entre Mercosul e União Europeia tem tudo para evoluir com novo acordo entre organizações

Imagem: Shutterstock

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O dia 6 de dezembro de 2024 marcou um avanço extremamente importante para movimentar a economia do Mercosul e da União Europeia. Estimativas apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro possa receber um impacto financeiro de 37 mil milhões de reais (cerca de 6,16 mil milhões de euros).

O real impacto das mudanças do novo acordo será sentido apenas em 2044, de acordo com estimativas. Para a União Europeia, a vantagem traduz-se em importações, já que se estima que haja um aumento de mais de 42 mil milhões de reais (cerca de sete mil milhões de euros) em importações do bloco europeu.

Foram mais de 20 anos de negociação entre a União Europeia e o Mercosul até que as organizações conseguissem chegar a um acordo de redução de tarifas de exportação. A negociação ocorreu durante a 65.ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.

 

Entenda o novo acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia

O Governo Federal atualizou o documento completo sobre o acordo de parceria entre o Mercosul e a União Europeia a 10 de dezembro de 2024. No geral, as alterações estão diretamente relacionadas com a redução de tarifas comerciais entre as duas organizações.

Mais especificamente, alguns dos pontos destacados no acordo de parceria entre o Mercosul e a União Europeia foram:

  • Redução de até 77% das tarifas do sector agrícola de países que fazem parte da União Europeia;
  • Definição de quotas de até 180 mil toneladas para carne de aves e 25 mil toneladas para carne de suínos;
  • Redução progressiva de tarifas relativas ao açúcar e etanol;
  • Eliminação de 100% das tarifas do sector industrial europeu ao longo de 10 anos;
  • O contexto de todo o acordo envolve uma facilitação do comércio aliada à cooperação aduaneira entre as duas regiões.

Outros elementos que também fazem parte do acordo de parceria entre o Mercosul e a União Europeia são a defesa comercial, salvaguardas bilaterais, serviços e investimentos, assim como transações correntes e movimentos de capitais.

Durante a cúpula de chefes, Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância do acordo comercial para as duas regiões. “Marca a conclusão das negociações do Acordo Mercosul-União Europeia, no qual os nossos países investiram um enorme capital político e diplomático, durante quase três décadas”, comentou o presidente brasileiro.

 

Brasileiros já fazem parte do quotidiano europeu

O brasileiro é conhecido por ter uma relação histórica com a Europa. No que diz respeito ao período das navegações, muitos europeus viajaram do Velho Continente para se estabelecerem no Brasil.

Foi isso que fez com que mais de 40% da população brasileira fosse de origem europeia, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o passar do tempo, alguns brasileiros deixaram o Brasil rumo à Europa.

Portugal é um dos principais destinos de quem viaja para morar no continente europeu. A facilidade de obter vistos de trabalho, ou até mesmo cidadania europeia, estimula as pesquisas por apartamentos mobiliados para curta duração em Lisboa e cidades vizinhas.

Essa conexão entre o continente europeu e o brasileiro criou um ambiente fértil para que as negociações entre o Mercosul e a União Europeia pudessem avançar sem grandes entraves. Afinal, muitos brasileiros conseguiram participar de sectores que foram decisivos para o avanço do acordo de parceria.

 

Acordo vai alcançar mais de 700 milhões de consumidores

A parceria comercial entre a União Europeia e o Mercosul representa um avanço significativo no comércio que tende a impactar mais de 700 milhões de indivíduos. Somando-se os dois blocos comerciais, chega-se ao valor de 718 milhões de consumidores.

Projeções para o mercado brasileiro indicam que haverá um aumento no poder de compra do consumidor local. Isso motiva ainda mais as organizações a estabelecerem parceria com o Mercosul para conseguir escoar a produção dos seus produtos locais.

O relatório ConsumerWise, da McKinsey, indica que o nível de confiança do consumidor brasileiro aumentou ao longo dos últimos anos. Em janeiro de 2020, o número de pessoas otimistas com a economia brasileira representava 25% do total de consumidores.

A mesma métrica em 2023 chegou a alcançar 43%. Esse aumento de 18 pontos percentuais foi motivado por diferentes fatores e a ideia do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia é aproveitar a recuperação de ambas as economias para que seja possível obter um crescimento mútuo das regiões.

 

Parceria impacta mais de 40 países

As mudanças comerciais que serão fruto do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia terão impacto em mais de 40 países. O Brasil é apenas uma das nações que terão vantagens com a parceria económica.

 

Atualmente, fazem parte do Mercosul:

Brasil; Argentina; Paraguai; Uruguai; Venezuela; Bolívia; Chile; Colômbia; Equador; Guiana; Peru; Suriname.

Do lado da União Europeia, são 27 Estados-Membros que fazem parte do bloco económico. Pelas informações publicadas no documento oficial do acordo comercial, todas as nações que fazem parte dos blocos estão aptas a participarem da redução de tarifas comerciais.

 

Desafios económicos precisam de ser ultrapassados pelos dois blocos

A economia global passa por um período de instabilidade que precisa de ser superado para que os países possam aproveitar ao máximo o acordo firmado entre a União Europeia e o Mercosul. No caso do bloco europeu, por exemplo, a inflação anual da zona euro subiu para 2,5% no início de 2025.

Aumentos na inflação europeia relativamente ao preço da energia e de outros bens de consumo essenciais causam aflição nos mercados e chegaram a ter impacto nas negociações do mercado acionista da região europeia.

Do lado brasileiro, o aumento no défice fiscal tem impactado negativamente as projeções dos especialistas relativamente ao crescimento da economia brasileira. Ao que tudo indica, o Brasil precisará de reduzir os gastos para conter a inflação e não contar com uma taxa de juro muito elevada, ao ponto de desestimular a economia nacional.

Para o acordo entre a União Europeia e o Mercosul alcançar as projeções estimadas, será necessário que as duas regiões consigam estabilizar as suas economias e possam colher os frutos de algo que vinha a ser negociado há quase três décadas. Do lado dos consumidores, o melhor é esperar para ver as mudanças no dia a dia.

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