Em maio, o excedente comercial agroalimentar da União Europeia manteve-se estável em cinco mil milhões de euros, ligeiramente abaixo do homólogo de 2023, confirma o último relatório mensal publicado pela Comissão Europeia.
As exportações atingiram os 19,7 mil milhões de euros, com crescimento nas azeitonas e no azeite, mas com declínios nos óleos vegetais e nos cereais. As importações foram de 14,7 mil milhões de euros, um aumento de 3% em relação a maio de 2023, impulsionadas por aumentos em produtos de cacau, frutas, nozes e azeite.
Os principais parceiros comerciais incluem os Estados Unidos, o Reino Unido, a China, o Brasil e a Ucrânia.
Exportações
As exportações agroalimentares da União Europeia permaneceram estáveis em 19,7 mil milhões de euros, com as exportações acumuladas de janeiro a maio a atingirem 97,4 mil milhões de euros, num aumento de 2% em relação a 2023.
O Reino Unido foi o principal destino, seguido dos Estados Unidos, que registaram um aumento de 9% devido à subida dos preços do azeite. A China registou uma queda de 10%, principalmente na carne de porco, preparações de cereais e laticínios.
As exportações para o Brasil registaram um aumento de 208 milhões de euros (+21%), devido ao aumento dos preços da azeitona e do azeite. Em contrapartida, as exportações para a Rússia registaram uma quebra de 15% (463 milhões de euros), especialmente no que se refere às bebidas espirituosas.
As exportações de azeite aumentaram 60% (mais 1,2 mil milhões de euros), enquanto os valores das exportações de cereais caíram 14% (937 milhões de euros), devido à descida dos preços, apesar do aumento dos volumes. As exportações de óleos vegetais também registaram uma queda de 37% (654 milhões de euros), devido à diminuição dos preços e dos volumes.
Importações
Por sua vez, as importações agroalimentares da União Europeia ascenderam a 14,7 mil milhões de euros, mais 3% do que em maio de 2023. As importações acumuladas de janeiro a maio atingiram 69,6 mil milhões de euros, a um nível estável em comparação com 2023.
Apesar de uma descida de 4%, o Brasil continuou a ser a principal fonte, seguido do Reino Unido e da Ucrânia. As importações da Costa do Marfim, da Nigéria e da Tunísia aumentaram, impulsionadas pelos preços mais elevados do cacau e do azeite.
Em contrapartida, as importações provenientes da Austrália, da Indonésia e do Canadá registaram uma queda acentuada. As importações de café, chá, cacau e especiarias aumentaram 26% (2,3 mil milhões de euros) e as importações de frutos e nozes subiram 9% (855 milhões de euros), enquanto os cereais e as oleaginosas registaram reduções significativas devido a preços e volumes mais baixos.