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A joalharia Claire’s anunciou a venda da sua operação na América do Norte à empresa de capital privado Ames Watson, por 104 milhões de dólares (cerca de 89,4 milhões de euros) em dinheiro. O negócio garante a continuidade de, pelo menos, 795 lojas em funcionamento.
O acordo de venda “permitirá que a marca Claire’s continue a ser uma retalhista de destaque para adolescentes, pré-adolescentes e raparigas em todo o mundo“, afirmou a Claire’s num documento judicial apresentado na quarta-feira.
A Ames Watson, uma holding privada que detém marcas de vestuário desportivo, incluindo a Champion Teamwear e a Lids, está a adquirir a marca Claire’s e até 950 lojas Claire’s. Como consequência da venda, a Claire’s suspendeu as liquidações por encerramento nas lojas que poderão ser transferidas para a nova proprietária. No entanto, continuará a encerrar e liquidar outras localizações não incluídas no acordo.
A Claire’s, conhecida pela venda de brincos e acessórios de moda direcionados para adolescentes e meninas, entrou com um novo pedido de falência no início deste mês, apresentando um passivo superior a 690 milhões de dólares (aproximadamente 593 milhões de euros).
Esta é a segunda vez que a empresa, que opera mais de 2.300 lojas em 17 países da América do Norte e da Europa, entra com pedido de falência.
Aquisição
Lawrence Berger, cofundador da Ames Watson, afirmou em comunicado que a empresa está “comprometida em investir no futuro da Claire’s, preservando uma presença significativa no retalho em toda a América do Norte“.
Além do pagamento em dinheiro, a Ames Watson fornecerá outras formas de compensação não monetária, incluindo assumir as responsabilidades devidas aos fornecedores e proprietários da Claire’s, garantir o emprego para os atuais colaboradores das lojas adquiridas, e conceder um crédito de 36 milhões de dólares (cerca de 30,9 milhões de euros) que poderá ser utilizado pela Claire’s para amortizar parte da sua dívida anterior à falência.
A Claire’s tem enfrentado várias dificuldades nos últimos anos, resultantes do aumento da concorrência, dos elevados custos com rendas comerciais e das tarifas impostas sobre importações provenientes de países como China, Tailândia e Vietname.