Coca-Cola Europacific Partners
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CCEP cresce em Portugal e mantém estabilidade na Península Ibérica

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A Coca-Cola Europacific Partners (CCEP) registou receitas de 1.065 milhões de euros no terceiro trimestre de 2025 na Ibéria (Portugal, Espanha e Andorra), um aumento de 1,3% face a 2024, com o mercado português a apresentar um crescimento positivo que compensou a ligeira descida registada em Espanha.

No acumulado dos nove primeiros meses do ano, as receitas ibéricas totalizaram 2.620 milhões de euros, mantendo-se em linha com o período homólogo.

O volume na região manteve-se praticamente estável, sustentado por um forte desempenho em Portugal, onde o portefólio de marcas premium e funcionais tem vindo a ganhar terreno junto dos consumidores.

 

Fuze Tea, Monster e Aquarius entre as marcas com melhor desempenho

O Fuze Tea consolidou a sua liderança na categoria de chás prontos a beber (RTD), beneficiando de uma transição da marca Nestea mais rápida e eficaz do que o previsto. Excluindo o segmento de chá, o volume total na Ibéria cresceu a um ritmo baixo de um dígito, com destaque para o crescimento em Portugal.

As marcas Monster e Aquarius mantiveram uma trajetória de forte expansão, impulsionadas pela tendência crescente de procura por bebidas energéticas e desportivas. A CCEP lançou ainda a marca norte-americana BodyArmor em Espanha no final do terceiro trimestre, reforçando a oferta de bebidas funcionais.

As receitas por caixa unitária aumentaram tanto no trimestre como no acumulado do ano, refletindo o impacto positivo da subida de preços e do mix de produto, que combinou inovação com maior foco nas gamas premium.

 

Crescimento sustentado na Europa

No conjunto da Europa, as receitas atingiram 4.194 milhões de euros no terceiro trimestre (mais 3,8% face a 2024), enquanto o volume cresceu 0,9%. A CCEP destaca o desempenho robusto nos mercados do Reino Unido e de França, com a Coca-Cola Zero Sugar e a Monster a impulsionarem o crescimento, apoiadas por campanhas de ativação de elevada notoriedade.

Na região Austrália-Pacífico e Sudeste Asiático (APS), a companhia reportou receitas de 1.216 milhões de euros no trimestre, um recuo de 0,2% em base comparável, afetado por fatores cambiais e por um ambiente macroeconómico mais desafiante, sobretudo na Indonésia.

“2025 continua a ser um ano sólido para a CCEP, refletindo a força das nossas grandes marcas, o compromisso da nossa equipa e as relações sólidas com os nossos parceiros e clientes”, afirma Damian Gammell, diretor executivo da CCEP. “Na Europa, voltámos a crescer em volume mais um trimestre, mesmo num contexto de menor procura. E na Ásia-Pacífico continuamos a impulsionar o crescimento subjacente, apesar dos desafios macroeconómicos”.

 

Estratégia de valor e resiliência global

A CCEP reforçou a sua posição como líder no crescimento de receitas entre os grandes grupos de Fast Moving Consumer Goods na categoria de bebidas não alcoólicas prontas a consumir (NARTD), com ganhos de quota de mercado em valor de 20 pontos base nos canais medidos até setembro.

“Continuamos na vanguarda da criação de valor para os nossos clientes, com uma gestão equilibrada entre premiumização e acessibilidade”, sublinha Damian Gammell. “Apesar da incerteza económica global, mantemos a resiliência e o foco em categorias em expansão, apoiados por colaborações estratégicas como a Premier League inglesa e a saga Star Wars”.

O executivo destaca ainda o forte fluxo de caixa operacional e o crescimento sustentado do dividendo, acompanhados de investimentos recorde no futuro e da continuação do programa de recompra de ações.

 

Perspetivas para o final de 2025

Face a estes resultados, a CCEP reafirmou as suas previsões para o conjunto do exercício, esperando um crescimento anual das receitas entre 3% e 4% e um aumento de cerca de 7% no lucro operacional. O investimento em capital fixo (CAPEX) representará cerca de 5% das receitas, refletindo a aposta em eficiência, inovação e sustentabilidade.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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