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A Apple falhou as previsões dos analistas, pela segunda vez desde agosto de 2017, após ter sofrido uma queda de 5,49% nas receitas trimestrais. Esta é a primeira queda nas vendas em três anos e meio e a maior registada pela empresa tecnológica desde setembro de 2016.
A empresa liderada por Tim Cook faturou, entre outubro e dezembro, primeiro trimestre do seu ano fiscal de 2023, 117.150 milhões de dólares. O lucro líquido foi de 29.998 milhões de dólares, menos 13% do que no mesmo período do ano anterior.
O grupo atribuiu estes resultados à força do dólar, aos problemas de produção na China devido aos confinamentos para conter o Covid-19 e a um ambiente macroeconómico adverso.
Venda de dispositivos
No que diz respeito aos dispositivos, a Apple sofreu uma queda geral nas vendas. A única exceção foi o iPad, que gerou 9,4 mil milhões de dólares, mais de 29,6%.
O iPhone, por outro lado, foi prejudicado por problemas de abastecimento, que nas lojas dos Estados Unidos e da Europa se traduziram em prazos de entrega mais longos. As vendas do produto estrela da empresa de Cupertino totalizaram 65.780 milhões de dólares, menos 8,17% do que no mesmo período do ano anterior.
Já o Mac, que tinha registado um recorde de vendas entre outubro e dezembro de 2021, sofreu uma queda ainda maior, 28,66%, para 7.740 milhões de dólares.
Na área de outros produtos, que incluem os AirPods e o Apple Watch, as vendas contraíram 8,3%, para 13,48 mil milhões de dólares.
Por fim, o segmento de serviços, que inclui a Apple TV, a Apple Music e os serviços Cloud, registou um aumento de 6,4% nas receitas, para 20,77 mil milhões de dólares, superando as previsões dos analistas.