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A ‘silly season’ está instalada

Por: José Pedro Pinto, Chief Marketing & Sales Officer do Cetelem*

Quando as preocupações dão lugar a banhos, seja nas praiasou piscinas, sabemos que o verão chegou. É altura de descansar, repor energiase passar tempo de qualidade com a família e amigos. Os meses de julho asetembro são a época por excelência, selecionada pela maioria dos portugueses, parausufruir do merecido descanso e Portugal continua a ser um forte candidato parao destino de férias de eleição.

De norte a sul do país ouvem-se dialetos vindos de todo o mundo. Basta ler o que referem as mais famosas revistas do mundo, com foco no setor do turismo. Portugal é um destino completo, repleto de paisagens de campo, cidade e praia. Por isso, não admira que a larga maioria dos portugueses que descansará nos meses de verão, mais concretamente 72%, não levante especiais objeções em passar férias no nosso país. Como consequência destes planos entre portas, os montantes a gastar diminuem. São menos os gastos com transportes, estadias e outras despesas maiores, mais frequentes quando o destino é o estrangeiro.

Mas, infelizmente, as férias ainda não são para todos. Cerca de 33% da população portuguesa não consegue usufruir de qualquer período de férias entre julho e setembro. Planear este período pode ser um processo demorado, entre deslocações, estadia e atividades. E há alguns aspetos a considerar que podem pesar no orçamento. A menor capacidade financeira para fazer face a estes gastos pode também ser o que motiva tanta gente a preferir passar férias em casa ou junto de amigos e familiares.

A verdade é que os hábitos mudaram. À tradição de fazer as malas para um mês seguido de férias, a tendência dos tempos modernos, pelo menos para 82% dos portugueses veraneantes, é de usufruir de cerca de duas semanas de férias. Assim, os restantes dias servirão para escapadelas ao longo do ano, de modo a coincidir com alguns feriados ou pontes, e assim aumentar o número de dias de descanso.

Também as novas tecnologias desempenham um papel importante na altura de fazer as reservas. Booking, Momondo, Trivago, nos últimos anos fomos inundados por plataformas digitais de aluguer de casas ou que facilitam a escolha de unidade hoteleira. A procura passou a estar na ponta dos dedos, agora comparamos preços e comentários de outros utilizadores. As tradicionais agências de viagens ou as reservas através das companhias aéreas perderam força. Algo compreensível, quando em muitos casos o objetivo é passar férias no próprio país, ou são as novas tecnologias digitais a fornecerem a informação necessária para a escolha final do viajante.

As atividades desenvolvidas durante as férias pelos portugueses não parecem ir muito além da permanência na praia (69% apontam nesse sentido), no campo (30%) e do descanso na cidade (28%). Mas, e seja qual for o destino, Portugal é rico em cultura, de norte a sul. E a nossa localização privilegiada permite deslocações fáceis entre a praia e o campo, sem necessidade de custos adicionais. São estas algumas das vantagens de viver num país à beira mar plantado.

*Artigo escrito no âmbito do Observador Cetelem Férias 2018

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