A 6.ª conferência do Consumo Digital, uma iniciativa Fórum Consumo/Digital Marketers, teve lugar dia 18 de abril, no ISCTE, em Lisboa, com objetivo abordar os desafios atuais e que se avizinham para o sector do consumo no entorno digital, contando com diversos especialistas de distintas áreas, como Antonio Flores, CEO da consultora de estratégia Loop Unique Companies, César Valencoso, Consumer Insight Consulting Director da Kantar Worldpanel, João Carvalho, Head of Retail WEMEIA Fujitsu Technology Solutions, Luís Martins, Head of Marketing IT People Group, e Filipe Carrera.
Num período de elevada complexidade no que respeita ao consumo, derivado do processo de transformação digital que as marcas e consumidores enfrentam, o painel convidado abordou temáticas como a realidade aumentada e a consultoria estratégica. Todos os especialistas partilharam a mesma opinião de que as novas tecnologias estão já presentes no nosso dia-a-dia e que existem já hábitos de consumo que estão a acompanhar esta transformação, defendendo que não se trata de questões para o futuro, mas sim para o presente.
Do lado da estratégia, Antonio Flores destacou que as marcas privadas no sector do grande consumo devem aprender com os distribuidores para concorrer, uma vez que, hoje em dia, quem conhece melhor e mais rápido os comportamentos do consumidor são os supermercados. Neste sentido, Antonio Flores salientou a importância da gestão de dados como elemento fundamental para as marcas privadas, que devem avaliar sistematicamente em que ponto se encontram os seus produtos para não perder atração entre os seus consumidores. A esta política, Antonio Flores apelida de “estratégia de superioridade em produto”.
Já César Valencoso confirmou que o crescimento do consumo online em Portugal deverá passar pelo aumento do volume de compra e a sua frequência, sendo também fundamental que os distribuidores apostem no aumento de penetração.
De um ponto de vista tecnológico, destacou-se a intervenção de Luis Martins, Head of Marketing do IT People Group, sobre a realidade aumentada, tendo defendido que a esta atribui um novo significado à realidade física. No que respeita aos hábitos de consumo, o grande potencial desta tecnologia está na possibilidade de transportar uma oferta comercial para o local pretendido pelo consumidor e permitir a relação do consumidor com este elemento digital.
Também neste prisma, João Carvalho defendeu que o sector do retalho e as empresas tecnológicas necessitam de apostar num espírito de co-colaboração e na sua relação, para garantir as melhores soluções para o consumidor.
