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A transição energética começa a ganhar uma dimensão mais inclusiva na Área Metropolitana do Porto. Cerca de 300 famílias em situação de vulnerabilidade económica vão poder produzir a sua própria eletricidade renovável, graças ao projeto Solar Solidário – “Energia do Bairro”, que prevê a instalação gratuita de painéis solares fotovoltaicos em habitações unifamiliares e uma redução anual na fatura de energia que pode atingir os 200 euros.
Promovida pela EDP, em parceria com a Agência de Energia do Porto (AdEPorto), a iniciativa tem como objetivo combater a pobreza energética e aproximar a energia limpa de quem mais sente o peso dos custos da eletricidade e do gás. Cada família elegível recebe dois painéis solares, sem qualquer encargo, passando a produzir energia renovável para autoconsumo.
O projeto está direcionado a moradias próprias ou arrendadas localizadas nos municípios do Porto, Matosinhos, Gondomar, Maia, Valongo, Paredes, Vila do Conde, Santo Tirso, Póvoa de Varzim e Trofa. Ao mesmo tempo que alivia os encargos mensais das famílias, a iniciativa contribui para a neutralidade carbónica da região e para uma transição energética mais equilibrada do ponto de vista social.
Para Rui Pimenta, administrador executivo da AdEPorto, este é um exemplo concreto de como a descarbonização pode caminhar lado a lado com a justiça social. “O Solar Solidário demonstra que a transição energética só é real quando chega a quem mais precisa. Produzir energia renovável em casa, com impacto direto nas faturas das famílias, é uma forma de combater a pobreza energética e melhorar a qualidade de vida, sem deixar ninguém para trás”, sublinha.
Quem pode beneficiar
As candidaturas destinam-se a residentes na Área Metropolitana do Porto a norte do rio Douro que sejam beneficiários da tarifa social de eletricidade ou gás. É ainda necessário que pelo menos um elemento do agregado familiar receba uma prestação social mínima, como o rendimento social de inserção, complemento solidário para idosos, pensão social de invalidez ou de velhice, complemento da prestação social para a inclusão ou subsídio social de desemprego.
A submissão das candidaturas é feita presencialmente nos balcões únicos de atendimento ao cidadão e nos Energy Hubs existentes nos vários municípios abrangidos, bem como na Agência de Energia do Porto. No ato da candidatura, é exigida a apresentação de uma fatura de eletricidade ou gás natural e o comprovativo do apoio social. A seleção das famílias será feita por ordem de candidatura, estando previsto que o processo continue ao longo de 2026.
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