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A Kopke lançou o seu primeiro Tawny 80 Anos, um blend que deriva de uma nova categoria criada pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP).
A nova referência apenas é possível dado o legado vínico daquela que é a casa de vinho do Porto mais antiga do mundo, nascida em 1638, ainda o Douro não era uma região demarcada e regulamentada.
O tawny celebra as últimas oito décadas dos quase 390 anos da marca e resulta de um blend que combina Portos de várias idades. Depois de provados alguns dos vinhos mais velhos do portefólio da Kopke, a equipa de enologia desenhou um lote cujo vinho mais antigo remete para o final do século XIX e o mais recente é da década de 40 do século XX. Um lançamento que vem atestar a Kopke como produtora e guardiã de vinhos que são, na sua essência, testemunhos do passado, ex-líbris do presente e referências de futuro.
Os vinhos que compõem o blend foram vindimados de forma tradicional: as uvas colhidas à mão, retiradas das videiras plantadas nos socalcos durienses, e vinificadas em lagares de pedra, com pisa a pé. Posteriormente, foram encaminhados para Vila Nova de Gaia para aí estagiarem em madeira por várias décadas, envelhecendo com tempo e delicadeza, e tirando proveito de um nobre recipiente.
Em prova, o Tawny 80 Anos apresenta cor âmbar profunda com laivos esverdeados provenientes do longo estágio. No nariz surgem notas de madeiras exóticas ligeiramente resinosas e um perfil botânico a lembrar poejo e outras ervas de sombra. Na boca destacam-se a frescura persistente, as notas de casca de tangerina, o alperce seco e o alcaçuz, mescladas com notas especiadas e frutos secos. Um ligeiro amargor persiste no final de boca, realçando o travo a café e cravinho da Índia.




