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A crescente instabilidade geopolítica, as alterações regulamentares e as pressões macroeconómicas estão a redefinir o modo como as cadeias de abastecimento globais são estruturadas e geridas. Para Paul Marushka, CEO da Sphera, esta nova era é marcada não apenas pela volatilidade, mas também pela oportunidade de inovação e resiliência, com a Inteligência Artificial (IA) a desempenhar um papel central neste processo.
Num contexto em que as disrupções na cadeia de fornecimento podem ocorrer em minutos, as organizações mais preparadas são aquelas que conseguem reagir com rapidez e basear as suas decisões em dados fiáveis. Segundo o mais recente inquérito da Sphera, que abrangeu 200 executivos de procurement e supply chain dos Estados Unidos e do Reino Unido, 95% das empresas estão já a adotar medidas proativas para reforçar a resiliência, explorando novas regiões e construindo redes de fornecedores mais diversificadas e transparentes.
O estudo revela ainda que 73% das empresas enfrentaram interrupções no fornecimento no último ano, com impactos diretos nas receitas, na confiança dos investidores e no crescimento. Perante este cenário, as organizações procuram novas formas de mitigar riscos e acelerar a tomada de decisão.
“O desafio não está em reconhecer o risco, mas em responder-lhe de forma rápida e eficaz”, sublinha Paul Marushka. A avaliação de fornecedores, o entendimento de novos mercados e a manutenção de dados auditáveis exigem hoje precisão e agilidade, qualidades potenciadas pela aplicação da IA.
IA como pilar estratégico
A Inteligência Artificial está, assim, a afirmar-se como pilar essencial das estratégias de cadeia de abastecimento, permitindo transformar grandes volumes de dados em insights acionáveis. Os executivos inquiridos pela Sphera destacam as análises de risco de fornecedores geradas por IA como ferramentas críticas para tomar decisões estratégicas rápidas, antecipar disrupções, reduzir custos e proteger o crescimento.
A Sphera tem desenvolvido resumos de risco gerados por IA que combinam modelos generativos ajustados, sistemas de pontuação ponderada e inteligência proprietária de fornecedores, permitindo aos líderes identificar riscos em menos de 60 segundos. Com esta informação, as empresas podem priorizar ações, agir de forma proativa e transformar potenciais falhas em oportunidades de melhoria contínua.
Para Marushka, o futuro da liderança nas cadeias de abastecimento será construído com base em dados, inteligência e previsão. As organizações que adotarem as ferramentas certas conseguirão converter complexidade em clareza, risco em resiliência e mudança em vantagem competitiva.
“Com as soluções impulsionadas por IA, as empresas podem liderar com confiança, independentemente do que o mundo lhes apresente”, conclui o CEO da Sphera.
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