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A VML apresentou a 9.ª edição do estudo global “The Future Shopper Report”, que revela uma mudança profunda nos hábitos de consumo digital. O inquérito, realizado a mais de 25 mil consumidores em 16 países, mostra que a Inteligência Artificial (IA) está a transformar rapidamente a experiência de compra, enquanto expõe falhas significativas no retalho online.
Segundo o relatório, 52% dos consumidores gostariam de ter um agente de IA a fazer compras em seu nome e 68% já usaram ferramentas de IA em diferentes momentos da jornada de compra. A tendência reflete não apenas curiosidade tecnológica, mas também uma crescente frustração: 45% dos compradores abandonam frequentemente os carrinhos online devido a experiências digitais insatisfatórias.
Personalização ainda não convence
Apesar de 63% dos inquiridos reconhecerem que recomendações personalizadas ajudam a descobrir novos produtos, quase metade considera que as marcas falham na execução dessa promessa. Para os especialistas da VML, este défice de relevância e personalização ameaça a confiança e a lealdade dos consumidores.
“O Future Shopper 2025 é um alerta para as marcas e retalhistas elevarem a fasquia. Os consumidores exigem omnicanalidade, entregas mais rápidas, experiências sem fricção e personalização relevante, tudo fatores potenciados pela emergência da IA”, afirma Gonçalo dos Santos Rodrigues, diretor de consultoria e tecnologia da VML Portugal.
Marketplaces a descer
O estudo mostra também sinais de mudança nos canais de compra. A preferência pelos marketplaces caiu de 29% para 22% face ao ano passado, enquanto os motores de busca recuperaram importância, em parte devido à integração de IA nas pesquisas.
Mais de metade dos consumidores considera que as empresas não compreendem as suas necessidades digitais, e 58% querem passar da inspiração à compra o mais rapidamente possível – um fenómeno que a VML define como “compressed commerce”.
Para a consultora, a mensagem é clara: marcas e retalhistas precisam de repensar as estratégias de entrada no mercado e colocar o consumidor no centro, aproveitando o potencial da IA não apenas para automatizar, mas para criar experiências relevantes, fluidas e omnicanal.
“Com um Route-to-Market crescentemente complexo, veloz e fragmentado, é imperativo repensar os fundamentos da experiência de consumo para manter a relevância na era da IA”, conclui Gonçalo dos Santos Rodrigues.
Ideias principais:
- 63% afirmam que recomendações personalizadas os ajudam a descobrir novos produtos.
- No entanto, 45% consideram que a maioria das marcas faz um mau trabalho a personalizar a experiência.
- 50% dos consumidores acham que as empresas não fazem ideia do que eles querem nos seus canais digitais.
- 58% querem passar da inspiração à compra o mais depressa possível – uma tendência a que a VML chama “compressed commerce”.
O relatório The Future Shopper Report 2025 pode ser descarregado no site da VML.
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