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As palavras são de Edik Davtian, Country Manager da Bolt Market, que ,após cinco anos ao serviço da companhia de entregas ultrarrápidas, assumiu os comandos da divisão dedicada à entrega de supermercado em 30 minutos, gerindo mercados parceiros. Com um balanço positivo e com boas perspetivas para o futuro, o gestor destaca não só os 3.500 produtos de marca e as cerca de 500 marcas disponíveis na plataforma para “satisfazer todas as necessidades do consumidor” e de modo a tirar ainda mais partido da entrega de última milha. O momento atual da Bolt Market pelas palavras do seu líder, Edik Davtian.
O Bolt Market chegou a Portugal em finais de 2021, para entregar as compras encomendadas num prazo de 15 minutos. Que balanço pode fazer do primeiro ano e meio desta aposta?
O balanço que fazemos é muito positivo e dá-nos boas perspetivas para o futuro. Foi um ano e meio de aprendizagens e de crescimento e, embora o próprio sector seja recente e tenha enfrentado alguns desafios, conseguimos sempre superá-los e superar-nos: estamos focados em prestar o melhor serviço ao cliente e, assim, iremos continuar nos próximos anos.
Em números, como se descreve o Bolt Market? Quais são os números de colaboradores, de estafetas, de localidades onde está presente e de parceiros?
Hoje, 10% da equipa da Bolt em Portugal está dedicada à área de negócio da Bolt Market e partilhamos os mesmos estafetas com a Bolt Food, procurando sempre oferecer a melhor experiência ao cliente. Atualmente, cobrimos praticamente toda a cidade de Lisboa, com lojas nas Avenidas Novas, em Alvalade, Alcântara, Benfica, Olival Basto e Moscavide, e trabalhamos com mais de 3.500 produtos de cerca de 500 marcas disponíveis para satisfazer todas as necessidades do consumidor.
Qual é a missão e os objetivos para o segundo ano de operação em Portugal?
A nossa missão mantém-se fiel ao primeiro dia: ser a solução ideal para todos os portugueses que, na correria do dia-a-dia, precisam de um serviço rápido, eficaz e de qualidade de mercearias. Acreditamos que as pessoas se devem concentrar mais nas coisas de que gostam, por exemplo, tempo para a família, arte, música e nos seus negócios, e deixar que sejamos nós a cuidar das suas compras.
Queremos ser a sua primeira escolha e dar-lhes a possibilidade de encontrarem tudo o que precisam na nossa aplicação. Se repararem, começámos apenas com metade da seleção que temos hoje e continuamos a trabalhar para ter todos os produtos que os nossos clientes desejam.
Para isso, os objetivos para o segundo ano passam, essencialmente, por consolidar o nosso negócio através de novas parcerias com marcas “top of mind” dos portugueses e por expandir o nosso portfólio de produtos, de forma a cobrir ainda mais as necessidades dos consumidores. O cumprimento desses dois objetivos será crucial para continuarmos um caminho que se espera de crescimento e liderança.
E qual é a importância da operação portuguesa no conjunto dos mercados onde está presente?
Portugal é dos poucos países onde a Bolt está presente com praticamente todas as áreas de negócio e é, por isso, muito importante para nós. Começámos a operar em Portugal em 2018 e, atualmente, o serviço TVDE já cobre todo o território nacional. No que toca à micromobilidade – trotinetes e bicicletas elétricas – já estamos presentes em 15 cidades portuguesas. A Bolt Food, por sua vez, está atualmente presente na Grande Lisboa e Porto, Braga e Coimbra.
No que diz respeito à entrega de mercearias ao domicílio, Portugal é um dos países que, desde a pandemia, mais tem aderido a estes novos modelos de consumo digitais e, por isso, queremos acompanhar a tendência e garantir que temos a melhor opção para os nossos consumidores. Queremos ser um complemento e abrir novas possibilidades no digital para o consumidor que, no meio da rotina acelerada, nem sempre consegue garantir tudo o que precisa. Ora, é para isso que cá estamos.
Os objetivos para o segundo ano passam, essencialmente, por consolidar o nosso negócio através de novas parcerias com marcas ‘top of mind ‘dos portugueses e por expandir o nosso portfólio de produtos, de forma a cobrir ainda mais as necessidades dos consumidores. O cumprimento desses dois objetivos será crucial para continuarmos um caminho que se espera de crescimento e liderança
2022 foi um ano desafiante para a entrega de mercearias e o Bolt Market anunciou uma pausa no seu plano expansão do serviço de entregas ultrarrápidas. Como vai avançar a expansão da plataforma no território nacional? Têm expectativas de chegar a mais cidades em 2023?
2022 foi um ano em que, só no primeiro semestre, abrimos uma série de lojas para poder cobrir toda a cidade de Lisboa e, por isso, quisemos focar-nos onde já operávamos. Temos a ambição de abrir novas lojas e chegar a novas regiões, para poder tornar o serviço disponível para o maior número possível portugueses.
No entanto, queremos garantir que todas as nossas lojas existentes funcionam perfeitamente antes de abrir novos locais e, como já tem sido possível reparar, continuar a adaptar as nossas ofertas, produtos e processos para encontrar a melhor maneira possível de servir os consumidores. Assim sendo, não temos ainda datas estabelecidas para inaugurar novas lojas, mas há, sem dúvida, essa expectativa e ambição, pelo que espero anunciar novidades em breve.
Como olham para o movimento que está a surgir em várias cidades europeias de proibição das dark stores? De que modo isso afeta o vosso modelo de negócio?
Estamos sempre atentos às decisões e mudanças que vão sendo tomadas noutras cidades europeias. Alguns podem dizer que este modelo não correu tão bem nessas cidades, a verdade é que são mais os exemplos que comprovam o potencial deste sector de entregas de última milha.
Na verdade, funcionamos como qualquer outra loja em áreas dedicadas com horário fixo, com operações semelhantes, mas a única diferença é que as pessoas não visitam a loja – é um estafeta que vai buscar os produtos e entregá-los. Há que estar atento ao desenvolvimento do sector, ser conscientes e irmos limando arestas, se necessário. As pessoas que fizerem pedidos de outra forma precisam de se dirigir até a loja para comprar o que precisa, mas isso causa ineficiências. É aqui que a Bolt Market entra como parte da solução Bolt para as cidades do futuro.
Qual é a estratégia do Bolt Market para se diferenciar no ecossistema de negócios de entregas de última milha? Personalização? Um catálogo vasto? Uma continuada aposta na entrega ultrarrápida?
Esta é uma questão muito relevante. Sabemos que operamos num ambiente muito competitivo, mas acreditamos que ainda há espaço para nos diferenciarmos e sermos a referência nesta indústria. Queremos ser a primeira escolha dos portugueses e, para isso, temos de garantir que encontram todos os seus produtos favoritos na Bolt Market.
A nossa estratégia passa, então, por chegar ao maior número de pessoas possível, garantindo padrões de alto nível de serviço, com um catálogo bem diferenciado de produtos e parcerias exclusivas com marcas de peso. Graças à nossa tecnologia, organização operacional e base de utilizadores, possibilitada em larga escala pelo facto de estarmos integrados na app da Bolt Food e no ecossistema Bolt, conseguimos ser bastante eficientes em termos de investimento e garantir melhores resultados.
Além disso, queremos oferecer uma experiência personalizada na aplicação e garantir uma mercearia à imagem de cada um. Finalmente, é certo que a aposta na entrega em minutos se irá manter, pois essa é uma das principais características do nosso serviço que vem economizar tempo e rentabilizá-lo a favor do consumidor, e que outros retalhistas consideram difícil de replicar.
Conseguimos ser bastante eficientes em termos de investimento e garantir melhores resultados. Além disso, queremos oferecer uma experiência personalizada na aplicação e garantir uma mercearia à imagem de cada um
GC – Qual é a dimensão do cesto médio adquirido para entrega através da aplicação? E qual é o valor médio?
ED – As nossas métricas e valores estão muito próximos do que as lojas têm offline, diria. Não é política da Bolt partilhar esses dados, mas foi surpreendente ver que as métricas deste sector são mais ou menos semelhantes em todos os sectores.



