Com o início da segunda fase do plano de desconfinamento e a abertura de esplanadas, museus e ginásios, entre outros espaços, a mobilidade acelerou e mais pessoas andaram a circular nas ruas. O painel PSE mostra que, entre 5 e 9 de abril, o confinamento em casa apresentou a maior descida semanal desde o início do período pandémico.
Só em maio de 2020 e na semana que antecedeu o último Natal é que se verificou uma variação semanal tão acentuada. No período analisado, 47% dos portugueses registaram uma mobilidade elevada ou média, número compara com os 32% registados entre 15 de janeiro e 12 de março, nos dias úteis.
Índice de mobilidade
Os portugueses estão a circular tanto como antes da pandemia, segundo revela o índice de mobilidade da PSE, indicador em que a base 100 corresponde à mobilidade na situação pré-Covid e que atingiu os 101, entre 5 e 9 de abril.
A PSE alerta, porém, que isso não significa que o comportamento dos cidadãos esteja igual. O tempo médio despendido ou a distância percorrida podem ser semelhante ao período pré-Covid, mas os atributos qualitativos, como os destinos, os horários e os objetivos das deslocações, apresentam diferenças significativas.
Paralelamente, antes da pandemia, a média de população em casa, nos dias úteis, era de cerca de 25%. Entre 5 e 9 de abril, com o teletrabalho e o ensino à distância, essa média foi de 32%. O novo contexto social em Portugal faz com que mais 7% a 8% da população tenha oportunidade de estar em casa, todos os dias.