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Trabalho extra pode ser uma alavanca para o crescimento profissional

Cada vez mais profissionais apostam em trabalhos complementares para desenvolver novas competências e aumentar a sua empregabilidade

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Imagem: Shutterstock

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O trabalho extra já não é apenas uma fonte de rendimento adicional. De acordo com a Adecco Portugal, a crescente procura por projetos em regime freelance ou no âmbito da gig economy está a transformar-se numa alavanca para o crescimento profissional, cada vez mais valorizada por empresas e trabalhadores.

Num mercado marcado pela inovação constante e pela necessidade de aprendizagem contínua, muitos profissionais procuram experiências paralelas que lhes permitam reforçar competências, enriquecer o portefólio e ganhar visibilidade. A escolha de um trabalho complementar deixa de ser apenas uma decisão financeira e assume um papel estratégico na progressão de carreira.

“O trabalho extra só faz sentido quando é uma extensão intencional da carreira, não um escape. Quando bem orientado, pode ser uma ferramenta poderosa para acelerar o desenvolvimento profissional e criar diferenciação no mercado”, afirma Lúcia Pereira, diretora de marketing da Adecco Portugal.

 

Principais benefícios

A análise da Adecco identifica três benefícios principais nesta abordagem:

Desenvolvimento de competências complementares: escolher atividades que reforcem ou expandam o conjunto de competências da função principal permite ao profissional aumentar a sua proposta de valor. Por exemplo, um colaborador na área de marketing que assume um projeto freelance de redes sociais estará a consolidar know-how com impacto direto na sua evolução profissional.

Construção de portefólio e reputação digital: projetos bem-sucedidos podem ser incluídos no CV, no LinkedIn ou em entrevistas, funcionando como prova de autonomia, competência técnica e capacidade de entrega. Além disso, permitem construir uma marca pessoal mais sólida e atrativa.

Acesso a novas oportunidades: para além do rendimento imediato, estes projetos abrem portas a novos contactos, setores e até transições de carreira. São uma via privilegiada para alargar o networking e ganhar flexibilidade.

Neste contexto, este fenómeno acompanha a evolução global do trabalho. Na Europa, a gig economy continua a crescer, impulsionada pela digitalização, pelo trabalho remoto e pela procura de maior liberdade por parte dos profissionais. Em Portugal, plataformas de trabalho independente têm registado uma adesão crescente, especialmente em áreas como tecnologia, design, marketing e análise de dados.

 

Experiências diversificadas valorizadas

Segundo o Guia Salarial Adecco 2025, as empresas valorizam cada vez mais candidatos com experiências diversificadas e competências transferíveis, capazes de se adaptar a diferentes contextos e desafios.

“O futuro do trabalho será cada vez mais híbrido. Não apenas nos modelos de trabalho, mas também nas trajetórias profissionais. Saber tirar partido de projetos paralelos é uma forma inteligente de evoluir, sem comprometer a estabilidade da função principal”, reforça Lúcia Pereira.

Para quem quer começar, a Adecco recomenda: escolher projetos alinhados com os objetivos profissionais; utilizar plataformas digitais seguras e credíveis; estabelecer limites claros para garantir o equilíbrio pessoal e profissional; registar aprendizagens e resultados para reforçar o posicionamento de carreira.

Com esta abordagem, o trabalho extra deixa de ser “apenas um complemento financeiro e passa a ser uma ferramenta de evolução pessoal e profissional. Num mercado cada vez mais competitivo, é quem investe de forma estratégica no seu crescimento que se destaca, lidera e cria novas oportunidades”.

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Por Bruno Farias

Diretor na revista Grande Consumo. Um eterno sonhador, um resiliente trabalhador. Pai do Afonso e do José.

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