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Desde abril de 2025, os retalhistas enfrentam um cenário de elevada incerteza devido à possibilidade de aplicação de tarifas significativas. As questões acumulam-se: como assegurar inventário? Qual o impacto nos preços e promoções? Como reagirá a procura? Qual será o efeito nas lojas, na força de trabalho e nos níveis de ruturas? A ausência de garantias sobre se estas tarifas se concretizarão — e em que dimensão — está a dificultar qualquer planeamento estratégico.
De acordo com um inquérito promovido pela Revionics e realizado junto de mais de 100 retalhistas norte-americanos, 82% afirma já ter sido afetado pelas tarifas este ano. Ainda assim, muitas empresas continuam a operar como se pouco tivesse mudado, sobretudo as de maior dimensão. Caso a situação se resolva, a postura parecerá prudente; se não, poderá ser vista como negligente.
Sobrevivência financeira limitada a 9 meses
Caso um cenário de tarifas elevadas se concretize, 62% dos retalhistas admite não conseguir manter-se financeiramente saudável por mais de nove meses. A principal estratégia de curto prazo para absorver o impacto é reduzir as margens de lucro (47%), seguida da diminuição dos custos laborais — um sinal de potenciais perdas significativas de emprego no sector. A Amazon já indicou que a inteligência artificial poderá substituir muitas funções.
Uma esmagadora maioria (93%) considera que aproximar as fontes de produção dos mercados de venda é uma boa decisão de negócio, permitindo maior fiabilidade, prazos mais curtos, menor pegada de carbono e impacto económico positivo nas regiões próximas.
Apesar disso, embora 87% já tenha iniciado a procura de novas fontes de fabrico, 60% admite que a redução significativa da dependência de fornecedores estrangeiros levará três anos ou mais. Não existe solução rápida para esta realidade.
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