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Tarifas de Trump entre as prioridades estratégicas fundamentais para os retalhistas

O ano de 2025 coloca desafios significativos para os retalhistas em todo o mundo devido à convergência de fatores geopolíticos e à força disruptiva da inteligência artificial (IA). De acordo com um relatório recente da GlobalData, “Strategic Intelligence: Top Themes in Retail and Apparel in 2025”, o comércio internacional e as redes sociais estão posicionados como os principais tópicos que moldarão a indústria.

 

O efeito Trump

Sophie Mitchell, analista de retalho da GlobalData, alerta para o impacto que as políticas comerciais do governo de Donald Trump podem ter sobre os retalhistas especialmente aqueles com cadeias de abastecimento altamente globalizadas. “As tarifas propostas e regulamentações mais rígidas sobre impostos de importação adicionarão custos significativos que acabarão por ser passados aos consumidores”.

A consultora não está sozinha neste alerta. Também a Organização Mundial do Comércio (OMC) considera que qualquer guerra comercial provocada pelas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos teria consequências catastróficas para o crescimento global. “Se tivermos retaliação, seja de 25% ou 60%, e formos para onde estávamos na década de 1930, veremos perdas globais de dois dígitos no PIB. Isso é catastrófico. Todos vão pagar”, indicou a diretora geral da OMC, Okonjo-Iweala, na reunião anual do Fórum Económico Mundial, realizada em Davos, na Suíça.

 

Preços mais altos

Soluções como a diversificação das cadeias de abastecimento envolvem desafios significativos, incluindo o aumento dos custos de mão de obra, o que também pode se traduzir em preços mais altos, descreve ainda a GlobalData.

Empresas com operações profundamente ligadas às cadeias de abastecimento globais, seriam, de acordo com a consultora, as mais atingidas. “A Shein e a Temu podem ser dois dos maiores retalhistas a serem atingidos pelas medidas, como, por exemplo, a Europa também impor tarifas retaliatórias para garantir que não se torne o principal destino dos produtos chineses, à medida que são deslocados dos Estados Unidos”, salienta Sophie Mitchell.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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