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A Sonae anunciou ter alcançado uma taxa de 91% de reciclabilidade nas embalagens de plástico das suas marcas próprias no primeiro semestre de 2025, um salto significativo face aos 72% registados em 2019. Este progresso surge seis anos após o grupo ter estabelecido, como meta, garantir que todas as embalagens de plástico das suas marcas próprias fossem recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis até ao final de 2025.
Para assinalar esta conquista e reforçar o compromisso, a Sonae lançou a iniciativa “Falhar foi só o início”. Segundo Daniel Fonseca, diretor de Marca e Comunicação do grupo, “superar os 91% de taxa de reciclabilidade das embalagens de plástico da marca própria é um motivo de enorme orgulho para a Sonae, que só foi possível por termos definido um objetivo e um prazo tão ambiciosos”. O executivo salienta que a iniciativa visa não só celebrar o progresso, mas também apelar à mobilização de toda a cadeia de valor e da sociedade para atingir a meta dos 100%.
Mesmo antes de atingir os atuais 91%, a taxa de reciclabilidade das embalagens das marcas próprias da Sonae já era considerada referência mundial no sector do retalho. O trabalho contínuo do grupo tem recebido reconhecimento nacional e internacional, como foi o caso da Fundação Ellen MacArthur, que destacou a performance da MC, uma das empresas da Sonae, entre os melhores retalhistas mundiais na utilização responsável de plásticos.
Desafios tecnológicos e comportamentais persistem
Apesar do progresso, a Sonae reconhece que a taxa de 100% ainda não foi atingida devido a limitações tecnológicas e da cadeia de valor. Certos tipos de plástico continuam a ser indispensáveis para garantir a segurança, preservação e validade dos produtos, em especial os alimentares. Embalagens de barreira ou multimateriais, essenciais para prolongar a durabilidade de alguns alimentos, são exemplos de materiais cuja reciclagem apresenta desafios significativos.
Além disso, a ausência de especificações de triagem para alguns tipos de plástico, como as embalagens de poliestireno (PS) – presentes, por exemplo, em copos de iogurte – dificulta o seu upcycling em larga escala. A Sonae identifica também a participação ativa dos consumidores como um fator crítico: erros na separação, falta de hábitos de reciclagem ou acesso limitado a pontos de recolha impactam negativamente as taxas de recuperação. Sem esta colaboração, mesmo embalagens tecnicamente recicláveis podem não ser devidamente reaproveitadas.
Para ultrapassar estes obstáculos, a Sonae tem trabalhado em conjunto com entidades como a Sociedade Ponto Verde e a Smart Waste, bem como parceiros industriais, para promover soluções inovadoras de design circular e materiais alternativos sustentáveis. Paralelamente, tem investido em campanhas de sensibilização dirigidas aos consumidores, incentivando práticas corretas de reciclagem e reforçando a importância do envolvimento coletivo.
Compromisso com a sustentabilidade e a economia circular
No âmbito da sua Estratégia de Sustentabilidade, a Sonae compromete-se a reforçar a eficiência no uso de recursos, minimizar resíduos e integrar os princípios da economia circular nas suas operações e cadeia de valor. Estas metas estão alinhadas com o Pacto Ecológico Europeu, o Plano de Ação para a Economia Circular e iniciativas internacionais como o Pacto Global da Fundação Ellen MacArthur e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
Entre as iniciativas implementadas destacam-se: a promoção da circularidade de produtos e serviços – aumentando durabilidade e reutilização através de conceção circular; a redução e valorização de resíduos – prevenindo a produção e otimizando a recuperação de materiais; e o ecodesign de embalagens – apostando na reciclabilidade, redução da dependência de matérias-primas virgens e promoção de recursos renováveis.
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