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A plataforma chinesa de moda ultrarrápida Shein foi multada em um milhão de euros pela autoridade da concorrência italiana (AGCM), na sequência de uma investigação sobre alegações enganosas de sustentabilidade.
Segundo o regulador italiano, a comunicação da Shein sobre o impacto ambiental dos seus produtos e as suas práticas de responsabilidade social corporativa era “vaga, exagerada e, nalguns casos, incorreta ou enganosa”. A investigação, iniciada em setembro do ano passado, concluiu que a marca procurava criar uma imagem de sustentabilidade sem provas concretas que sustentassem essas declarações.
Responsabilidade acrescida
A AGCM sublinha ainda que a Shein, por operar no sector da fast fashion, tem uma responsabilidade acrescida, dado o impacto ambiental significativo associado aos ciclos de produção rápidos e ao elevado volume de peças produzidas. Este segmento é frequentemente criticado por incentivar o consumo excessivo e gerar grandes quantidades de resíduos têxteis.
Durante o processo, a Shein afirmou estar a cooperar plenamente com as autoridades e comprometeu-se a fornecer toda a informação solicitada.
Esta sanção surge num momento em que os reguladores europeus intensificam a vigilância sobre práticas comerciais enganosas ligadas à sustentabilidade, procurando garantir que as marcas não induzem os consumidores em erro com alegações ambientais infundadas.