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A PepsiCo iniciou o ano de 2025 com prudência, após uma queda de 1,8% nas receitas globais no primeiro trimestre, para 17,9 mil milhões de dólares (cerca de 16 mil milhões de euros).
O lucro líquido também recuou, passando de mais de dois mil milhões para 1,8 mil milhões de dólares, num contexto marcado por encargos crescentes, volatilidade económica e receios de uma guerra comercial reativada pelos Estados Unidos.
Tarifas sobre concentrados e alumínio penalizam a operação
A PepsiCo mostrou-se especialmente preocupada com as novast arifas sobre importações impostas pela administração Trump, que afetam diretamente a estrutura produtiva do grupo. Quase todos os concentrados utilizados nos refrigerantes da marca são produzidos na Irlanda, agora sujeitos a uma tarifa de 10% nas importações para os Estados Unidos. Além disso, as bebidas enlatadas são penalizadas com uma tarifa de 25% sobre o alumínio.
Também as unidades de produção de snacks e bolachas no México estão sob pressão, já que o país é agora novamente alvo de políticas comerciais restritivas.
Perante este novo cenário, a PepsiCo admite estar “numa posição vulnerável” e manteve uma perspetiva cautelosa para o restante do ano, referindo que os custos de fornecimento deverão continuar a subir. A incerteza regulatória e tarifária poderá travar os planos de expansão e levar a ajustes nas cadeias de abastecimento.
Regresso às prateleiras alemãs
Nem tudo são más notícias. Após dois anos e meio de litígio com as alianças de compras Epic e Everest, os produtos da PepsiCo — incluindo Pepsi, Lays, Doritos e Quaker — estão de volta às prateleiras da cadeia alemã Edeka, líder de mercado no país.
O desfecho positivo foi confirmado pelo jornal Lebensmittel Zeitung e representa um alívio operacional e comercial num dos maiores mercados da Europa.