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O mercado logístico em Portugal continua a demonstrar sinais de robustez e crescimento, de acordo com o mais recente relatório da MVGM, empresa europeia especializada em gestão de propriedades.
Os dados referentes ao segundo trimestre de 2025 revelam uma valorização anual de 8% nos preços de venda, com destaque para as regiões de Lisboa (1.256 euros/metro quadrado) e Porto (1.179 euros/metro quadrado), que continuam a liderar o mercado nacional.
“O sector logístico tem vindo a afirmar-se como um dos pilares mais resilientes do imobiliário comercial em Portugal. A valorização dos ativos reflete não só a escassez de oferta de qualidade, mas também a crescente procura por parte de operadores nacionais e internacionais”, afirma Filipa Moreira, head of logistics da MVGM Portugal.
Apesar do desempenho positivo na venda, o segmento de arrendamento registou uma diminuição no último trimestre. Ainda assim, mantém um crescimento homólogo de 3,1%, com um preço médio de 4,3 euros/metro quadrado. Lisboa e Porto continuam a destacar-se com valores significativamente superiores, atingindo os sete e 7,8 euros/metro quadrado, respetivamente.
“Estamos a assistir a uma maturação do mercado logístico português, com uma maior segmentação entre localizações prime e secundárias. Esta tendência está a influenciar tanto os valores de venda como os de arrendamento e deverá manter-se nos próximos trimestres”, acrescenta Filipa Moreira.
Destaca-se, também, uma descida trimestral de 0,4%, embora com uma valorização anual de 3,1%. O preço médio nacional de arrendamento situa-se nos 4,3 euros/metro quadrado, com as principais regiões a registarem valores bastante superiores: Lisboa (sete euros/metro quadrado), Porto (7,8 euros/metro quadrado) e Algarve (7,1 euros/metro quadrado). Estes dados reforçam a tendência de polarização do mercado, onde as localizações urbanas mais populares continuam a atrair maior procura e a justificar valores mais elevados.
O relatório da MVGM destaca ainda o Algarve como uma região emergente, com um preço médio de venda de 867 euros/metro quadrado, refletindo o crescente interesse por localizações alternativas fora dos grandes centros urbanos.