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Marcas norte-americanas dominam abertura de novas lojas na Europa

Foto Shutterstock

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A abertura de lojas de marcas internacionais nas principais cidades europeias disparou em 2025, com os retalhistas norte‑americanos a liderar o crescimento, segundo o mais recente estudo da Savills. Este fenómeno reflete uma dinâmica crescente do comércio global, que está a transformar o panorama comercial urbano na Europa.

Embora as marcas europeias mantenham a liderança regional, com 56% das novas inaugurações, as empresas dos Estados Unidos (incluindo restauração e moda) são agora o principal grupo estrangeiro no retalho europeu, responsáveis por 25% das novas lojas no continente, face aos 14% em 2024.

O relatório aponta que esta tendência é impulsionada por fatores económicos e políticos. As recentes tensões comerciais e a diminuição da confiança dos consumidores nos Estados Unidos, levaram várias empresas norte-americanas a acelerar os seus planos de expansão para a Europa.
O acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos, concluído em julho, reforçou esta dinâmica e prevê-se que o ritmo de crescimento se mantenha em 2026.

Marie Hickey, Director in Commercial Research da Savills, comenta: “as últimas tensões comerciais podem ter criado alguns desafios económicos, mas parecem ter acelerado a expansão dos operadores norte‑americanos da restauração e do retalho nas principais cidades europeias. Esperamos que esta tendência continue a ter em conta o elevado número de investimentos já realizados neste setor.

 

Novas apostas no mercado europeu

Enquanto as empresas francesas, italianas e espanholas continuam a liderar as novas aberturas dentro do espaço europeu – comprovando a força da moda nestes países – os operadores norte-americanos mostram-se cada vez mais interessados em investir na Europa.

Os retalhistas canadianos, que tradicionalmente apostavam nos Estados Unidos, voltam-se agora para cidades europeias e já representam 4% das novas marcas internacionais presentes no continente. Exemplos disso são a Arc’teryx e a Lululemon, orientadas para um estilo de vida ativo e de elevada performance, que abriram este ano em Milão, atraídas pelo reconhecimento da cidade enquanto capital de moda e pelo perfil do consumidor local.

Por seu lado, os grupos chineses estão a rever a sua abordagem ao mercado europeu e representam agora 6% das novas marcas internacionais, uma ligeira descida face aos 7% registados em 2024.

Antes concentrados sobretudo em Londres e Paris, estes operadores estão a expandir a atividade para cidades como Berlim, Amesterdão e Zurique, numa estratégia de diversificação de receitas e reforço da presença internacional no período pós-pandemia. Só em 2025, Pop Mart, MINISO e BYD entraram nestes mercados, com o segmento dos brinquedos e hobbies a afirmar-se como uma das principais apostas exportadoras.

Larry Brennan, Head of European Retail Agency da Savills, conclui: “estamos a assistir a uma verdadeira mudança de estratégia no retalho mundial. Para muitos operadores dos Estados Unidos, a Europa é hoje uma prioridade. O ambiente favorável, a procura estável nas grandes cidades e o desejo de experiências de compra únicas estão a impulsionar este movimento.”

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Por Bárbara Sousa

I am a journalist and news editor with eight years of experience in
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